1,3 bilhão de cigarros consumidos no RS são produzidos no Paraguai
30/04/2007
Dados do Sindifumo são anexados ao relatório da Comissão de Fronteira e Divisas
Nessa segunda-feira (30), a Comissão de Representação Externa para o Levantamento das Estruturas de Fronteira e Divisas, que percorreu mais de 10 municípios durante 30 dias entre março e abril, anexou ao relatório final informações relevantes da indústria fumageira do RS. A Comissão de Fronteira e Divisas, nos apontamentos finais, verificou deficiências nas estruturas de diversos pontos de fiscalização na divisa com Santa Catarina e fronteira com Argentina e Uruguai, o que favorece o contrabando, a sonegação e riscos sanitários.
Conforme levantamento do Sindicato da Indústria do Fumo do RS (Sindifumo), o Estado produziu cerca de 10 bilhões de unidades de cigarros em 2006. A estimativa, no entanto, é de que 13%, ou 1,3 bilhão, representam o consumo de cigarros contrabandeados do Paraguai, principalmente, e introduzidos ilegalmente em território gaúcho. Segundo o presidente do Sindifumo, “o não pagamento de tributos propicia a comercialização desses produtos por preços irrisórios, prejudicando não apenas as nossas empresas locais, mas todos os parceiros na cadeia de distribuição, afetando a economia do Estado nesse setor tão importante”, disse Iro Schünke.
O Sindifumo, baseado em dados da Receita Federal, Polícia Federal e outros órgãos de segurança e fiscalização, alerta que o cigarro contrabandeado ingressa no Brasil, geralmente, pelos estados do Mato Grosso do Sul e Paraná. “Depois são distribuídos para as demais regiões. No caso do Rio Grande do Sul, sabe-se que o principal acesso ocorre pelo estado de Santa Catarina em 'ônibus de turismo', caminhões tanque, carretas e automóveis de passeio”, relata Schünke.
O deputado estadual Jerônimo Goergen (PP), coordenador da Comissão de Fronteira e Divisas, destaca que “as informações repassadas pelo Sindifumo serão anexadas ao relatório da comissão, já entregue ao governo estadual. Pelo que também obtivemos de informações do sindicato, é necessário o melhoramento das estruturas de fiscalização na divisa do RS com SC”, observa Goergen.
Fonte: Assembléia Legislativa
Data: 30-04-07
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