Governo do Estado pode mandar pacote fatiado para a Assembléia Legislativa
02/10/2007
Executivo reuniu nesta manhã o secretariado e o vice-governador do Estado
Marciele Brum | marciele.brum@zerohora.com
A manhã foi de negociação no Palácio Piratini, em Porto Alegre. O secretário da Fazenda, Aod Cunha, reuniu os demais secretários para apresentar o pacote de medidas para equilibrar as contas do Estado. Na saída, Aod Cunha disse que, como o pacote ainda está em discussão com a sociedade, o projeto pode ser encaminhado por partes para a Assembléia Legislativa.
– Podemos mandar um grupo maior (de medidas) agora e em seguida outro pedaço. Estamos avaliando isso. A idéia é que seja logo. A essência do ajuste fiscal e do equilíbrio, em combinação com a Lei de Responsabilidade estadual e o pacote de medidas pela receita deve ir agora – disse Aod.
Segundo a governador Yeda Crusius, o pacote está praticamente fechado. A fim de diminuir o déficit do Estado, previsto para R$ 1,3 bilhão em 2008, a governadora planeja um conjunto de ações para equilibrar as finanças do Estado. Entre elas, uma versão estadual da Lei de Responsabilidade Fiscal, extinção de 70% dos cargos em comissão e venda de imóveis. Também deve ser encaminhada uma emenda à Assembléia Legislativa excluindo da Constituição a exigência de plebiscito para venda, fusão ou extinção de empresas estatais. A exigência continuaria valendo apenas para o Banrisul.
O aumento de impostos para telecomunicações, combustíveis, energia elétrica, cigarros e bebidas alcoólicas é o ponto mais polêmico e já encontra resistência de setores da sociedade, como o empresariado.
A governadora Yeda Crusius e o vice Paulo Feijó sinalizaram uma reaproximação na manhã desta segunda. Ambos tomaram café no Palácio Piratini, em um encontro que durou das 8h30min às 10h30min.
- Eu nunca vi a governadora dessa forma. Uma conversa franca, aberta e objetiva - disse o vice-governador.
Feijó afirmou ainda que Yeda estaria disposta a escutar as suas opiniões sobre o pacote.
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