Economia gaúcha dá sinais de recuperação depois da crise
06/12/2007
A economia gaúcha, mesmo apresentando um crescimento no Produto Interno Bruto (PIB) regional de 5,6%, número maior que os 4,6% registrados para o Brasil, precisará ainda de mais um ano para chegar em um patamar anterior ao início da crise ocorrida a partir de 2004. Essa é a conclusão a que chegou a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul, em balanço divulgado esta semana. Para o presidente da entidade, Paulo Tigre, a economia regional continua em um ritmo de recuperação similar à verificada no decorrer de 2007, só que com um crescimento menor, de 4,4%."Somos um estado de empreendedores e segundo estado com maior número de exportadores. Mesmo com dificuldades no câmbio e no mercado externo, a indústria gaúcha nunca parou", afirma. No entanto, Tigre acredita também que a manutenção do crescimento depende, ainda, mais do agronegócio que da indústria. "É esse setor que deve manter aquecida a demanda por matérias primas e bens de capital produzidos aqui", projeta. Para o próximo ano, a FIERGS prevê crescimento de 4,9% para a indústria, além de 4,2% para os serviços e 3,5% para a agropecuária.O Rio Grande do Sul ainda registrou em 2007 uma alta de 4,5% em seu Índice de Desempenho Industrial, puxado por máquinas e equipamentos (16,1%), veículos automotores (10,7%) e metalurgia básica (8,3%). Segundo Tigre, é a primeira vez, em 21 meses, que o índice sai do crescimento negativo. No ano passado, a diminuição foi de 8,9%."No auge da crise, no segundo semestre de 2006, só 30% das indústrias gaúchas obtiveram crescimento. Esse número, hoje, chega a 70%, com praticamente todos os segmentos recuperados", explica Igor Morais, economista da FIERGS.
DCI - São Paulo/SP
Data:06-12-07
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