Yeda faz balanço do primeiro ano de gestão
02/01/2008
A governadora Yeda Crusius afirmou que 2007 serviu para o Executivo elaborar novo modelo de reestruturação das finanças públicas. Além disso, avaliou Yeda, também foi possível detectar os problemas de articulação política do governo, principalmente com os partidos que integram a base de sustentação. Em entrevista ao programa Agora da Rádio Guaíba, nesta segunda-feira, ela destacou como uma das principais vitórias de 2007 a atração de recursos. Citou, como exemplo, o empréstimo obtido junto ao Banco Mundial (Bird), que destinará 1 bilhão de dólares ao Rio Grande do Sul. Apesar da grave situação financeira e estrutural do Estado, o Palácio Piratini conseguiu o aval do governo federal e do Bird para concretizar a operação financeira.
Yeda lamentou a rejeição unânime da Assembléia Legislativa ao Plano de Recuperação do Estado, em novembro, após 40 dias de debates. Entre outras propostas, o conjunto de medidas previa o aumento de algumas alíquotas do ICMS, como energia elétrica, combustíveis e telefonia. 'Poderíamos ter avançado mais no processo da recuperação financeira. Agora, precisarei rearticular a base de apoio, como o presidente Lula está fazendo em Brasília desde a rejeição da CPMF no Senado', disse.
Porém, a governadora disse estar satisfeita com o desempenho econômico do Rio Grande do Sul em 2007. O PIB gaúcho, soma de todas as riquezas produzidas no ano, crescerá 7%, o mais alto dos últimos 14 anos. 'Esses dados resultam do trabalho de otimização do custeio, cortando gastos, mas sem prejudicar a qualidade dos serviços públicos essenciais à sociedade', afirmou Yeda. Para ela, a conclusão da Rota do Sol, liberada no dia 20 de dezembro, representou outra conquista do ano. Ao todo, foram investidos R$ 32 milhões no trecho que liga São Francisco de Paula a Capão da Canoa.
Yeda admitiu, porém, dificuldades para percorrer os municípios do Interior a fim de comunicar os bons resultados do governo. 'Isso fez com que alguns méritos ficassem só para os municípios. Em janeiro, vamos inaugurar o Portal do Uso do Dinheiro Público para facilitar a comunicação entre o governo e a sociedade', destacou.
No mesmo programa, o chefe da Casa Civil, Luiz Fernando Záchia, observou que as medidas de corte de custeio do governo atendem às propostas do Pacto pelo Rio Grande. Lançado em 2006, o projeto foi uma das prioridades na sua atuação como presidente da Assembléia. Afirmou que a criação dos fundos previdenciários significou vitória da gestão em 2007 no sentido de sanear as contas públicas. A venda de ações não preferenciais do Banrisul permitiu a arrecadação de R$ 2 bilhões para o pagamento dos atuais e dos futuros aposentados.
Fonte: Correio do Povo
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