Yeda amplia debate dos subsídios
17/01/2008
Vetos, avaliou, permitirão discussão conjunta entre categorias e servidores sobre a questão salarial
A governadora Yeda Crusius disse ontem, em seu programa de rádio, que os vetos aos projetos dos subsídios permitirão a discussão conjunta entre categorias e servidores públicos sobre a questão salarial no Estado. As novas propostas de subsídios, defendidas por Yeda, dependem do debate entre Executivo, Tribunal de Justiça (TJ), Ministério Público (MP) e Defensoria Pública.
Yeda criticou o fato de Assembléia Legislativa, TJ, MP e Defensoria terem antecipado o debate no ano passado, já que a vigência ocorreria apenas a partir de 2009. Para Yeda, a votação em dezembro criou impasse sobre o assunto porque, com exceção do Judiciário, as outras carreiras de Justiça são vinculadas ao Executivo. 'O caldeirão das reivindicações estava pronto na Praça da Matriz. Ia pegar fogo este Estado. Se não dá para pagar em dia a folha dos servidores, quanto mais a avalanche de cobranças que viriam. Todos iam querer aumento para o dia seguinte', avaliou Yeda, lembrando o efeito cascata que haveria se as propostas dos subsídios fossem sancionadas.
A governadora considerou ainda a votação antecipada dos projetos uma estratégia para garantir o direito em detrimento de outras categorias. 'É a famosa lei da inflação. Tenho que me adiantar, caso contrário, outro chega antes de mim e não recebo depois. É a idéia de tirar vantagem em tudo', comparou a governadora. Destacou ainda que o Estado é formado por três poderes e que deve haver harmonia ao invés de impasses. 'Quando um quer ganhar em relação ao outro, está fazendo conflito. Fiquei com a fama de conflituosa porque eu não deixo isso acontecer. Não vou privilegiar um contra o outro', afirmou Yeda.
Explicou também que, para solucionar os impasses, é preciso discutir ao mesmo tempo o teto salarial, os subsídios e as carreiras de Estado evitando que uma categoria ganhe enquanto outra perde. 'Não vou fazer como os outros governos que endividaram o Estado. Vou evitar tirar de um e dar para outro', destacou. Yeda considerou também equivocado receber o título de imperatriz. 'Seria se mudasse para qualquer outro país e lutasse pelo meu espaço ou se fosse casada com rei. Eu enfrento e falo sobre as coisas. Durante muito tempo no Rio Grande do Sul, apenas foram postos panos quentes nos debates', ressaltou.
Após anunciar os vetos, Yeda disse que irá elaborar novos projetos de subsídios. A reação à medida, porém, não foi favorável. Para o presidente do TJ, desembargador Marco Antônio Barbosa Leal, a instituição cumpriu a sua função ao elaborar e debater a proposta na Assembléia.
Fonte: Correio do Povo
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