Proposta de consenso já causa divisão
30/01/2008
Partidos resistem a apoiar sugestão de Dilma, Tarso e Simon
O consenso político para tirar o Rio Grande do Sul da crise pode esbarrar em divergências entre partidos. A necessidade de uma agenda positiva com o aval das forças do Estado foi apontada na segunda-feira no Painel RBS, evento que reuniu os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Tarso Genro (Justiça) e o senador Pedro Simon (PMDB).
Por motivos diferentes, PT e DEM resistem em apoiar a busca pelo consenso. Para o presidente estadual do DEM, deputado federal Onyx Lorenzoni, a proposta é uma forma de o governo federal evitar a responsabilidade pela situação do Estado:
- É uma cortina de fumaça para fugir da realidade. Antes de qualquer ajuste partidário, tem de haver revisão do pacto federativo, com redistribuição de recursos, para recuperar o setor público dos Estados.
O líder da bancada do PT na Assembléia, deputado Raul Pont, cobra do Piratini um projeto que "dê conta da realidade do Estado" e aponta o fracasso de outras tentativas de agenda comum, como o Pacto pelo Rio Grande, da Assembléia Legislativa:
- Essa tese do consenso não tem base real. As tentativas de pacto na Assembléia não foram respeitadas pelo governo do Estado.
No Piratini, a governadora reuniu a equipe para assistir ao vídeo do encontro promovido pela RBS. Yeda cobrou dos secretários propostas para se chegar à agenda mínima. O tema voltará a ser discutido após o Carnaval.
A discussão tem o apoio das bancadas estaduais de PDT, PTB e PSDB. Para Adroaldo Loureiro, líder da bancada do PDT, a reivindicação com potencial de receber apoio de todos os lados seria por mais investimentos em educação e geração de empregos. Já o PTB, liderado por Iradir Pietroski na Assembléia, cobra a reforma tributária:
- O Estado tem crescimento, o que está faltando é aplicação do dinheiro público. Independentemente de cores partidárias, temos de nos unir.
Fonte: Zero Hora
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