Yeda discursa a deputados e pede entendimento
07/02/2008
Governadora projetou crescimento de 5,1% no PIB em 2008
Na reabertura dos trabalhos dos deputados estaduais, a atração foi a governadora Yeda Crusius. Ontem, ao fazer uso do direito de ocupar a tribuna da Assembléia Legislativa por 20 minutos para apresentar o panorama da administração do Estado para 2008, Yeda mediu as palavras, pediu entendimento e empregou um discurso de conciliação com o Legislativo.
Com 50 dos 55 parlamentares presentes e acompanhada por quase todo o secretariado, Yeda encontrou ambiente favorável para apresentar os projetos de seu governo que pretende ver apreciados em plenário ao longo de 2008. Antes de Yeda falar, o presidente da Assembléia, Alceu Moreira (PMDB), tratou de deixá-la à vontade.
- Não temos compromisso de concordância, mas temos o dever do debate em alto nível - afirmou Alceu.
Yeda respondeu com um sorriso suave e, quando chegou a hora de subir ao púlpito, demonstrou-se aberta ao diálogo. Otimista, ela reafirmou que a meta do Piratini é zerar o déficit fiscal em 2009. Para este ano, Yeda projeta crescimento de 5,1% no Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho.
A governadora destacou como "relevantíssimos" os projetos atrelados à concessão do empréstimo do Banco Mundial ao Estado, de US$ 1 bilhão. O primeiro será o que institui o Instituto de Previdência do Estado (IPE) como gestor único da previdência dos servidores estaduais. Sem a aprovação, o Estado perderia o aval do governo federal para o empréstimo.
Em outro momento, Yeda apelou pela manutenção do veto, decidido em janeiro, ao projeto dos subsídios (sistema de remuneração diferenciado para a Magistratura, Defensoria Pública e Ministério Público).
Raul Pont, líder da bancada do PT, considerou o discurso vazio. Ele disse que a visita é positiva, mas entende que o governo prosseguirá na política de corte linear nos gastos públicos - o que prejudica os serviços oferecidos à população, no seu ponto de vista.
Yeda Crusius, Governadora
"Conflitos sempre existirão, não tenho dúvida. Mas nosso propósito é fazer esse chamamento para o entendimento."
"Defenderemos aquilo que se constitua no bem-estar da sociedade do Estado e na recuperação do que o ditado popular já diz: se ficarmos parados, os que andarem mais rápido nos passarão."
"O orçamento de 2008 é menor que o de 2007 porque não contamos com receitas que sabemos que não irão vir, são sonhos, ou quimeras de um passado que não retorna."
Fonte: Zero Hora
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