Servidores sinalizam pressão
15/02/2008
A sinalização da Secretaria da Fazenda de que o rombo nas contas públicas gaúchas foi reduzido à metade em 2007 por conta da diminuição do déficit foi recebida pelos servidores públicos estaduais como mais um elemento a ser utilizado como munição na luta por reposição salarial.
Mesmo que o secretário da Fazenda, Aod Cunha, tenha se esforçado em afirmar que a crise não foi debelada e que o Estado segue no vermelho, entidades de classe dos servidores entendem que o argumento para a manutenção do parcelamento salarial se esvai com a redução do déficit fiscal. Para a Federação dos Servidores Públicos no Estado (Fessergs), a partir de março as mobilizações de servidores serão intensificadas.
- Já vínhamos afirmando que a situação não era aquela desenhada pelo governo. Não nos surpreende. É um reforço para a nossa tese de que não se justifica nenhum atraso salarial e muito menos que haja arrocho. Isso vai servir de incentivo às categorias, que estão assistindo ao debate dos subsídios - afirmou Sérgio Arnoud, presidente da Fessergs.
Para o Cpers-Sindicato, que representa professores e profissionais da área da educação, a mobilização já tem data marcada:
- Vamos ter uma assembléia geral em 28 de março. Votaremos um indicativo de greve. O governo passou o ano de 2007 criando um marketing da crise para justificar o desmonte do serviço público. Agora está claro que a crise não tinha o tamanho que diziam - sustenta a presidente do Cpers-Sindicato, Simone Goldschmidt.
Para os partidos de oposição, o anúncio de superávit na contas representa que a governadora Yeda Crusius exagerou nas dimensões da crise. Conforme o líder de bancada Raul Pont (PT), o Piratini construiu as condições para reduzir o déficit nas contas em 2007 a partir de cortes nos programas que atendem as classes sociais mais baixas.
Fonte: Zero Hora
|
|