ÁREA RESTRITA    
Login    Senha   
Página Incial
Técnicos Tributários participam de assembleia conjunta dos servidores públicos
Em coletiva de imprensa, Afocefe apresenta proposta para Estado superar acrise
Afocefe apresenta ao presidente da Assembleia Legislativa estudo que aponta saída para crise
NEWSLETTER
Assine a newsletter do AFOCEFE Sindicato e receba notícias por
e-mail:
Nome:
E-mail:
Notícias

Projeto de Reforma Tributária é recebido com frieza

27/02/2008
Difícil de convencer
Considerada superficial e conservadora por empresários e trabalhadores, a proposta de reforma tributária do governo deve ser apresentada amanhã ao Congresso.
Estruturada em sete pontos, a emenda constitucional elaborada pelo Ministério da Fazenda promete acabar com a guerra fiscal entre os Estados e simplificar a cobrança de impostos do país. Para o cidadão, porém, não haverá diminuição imediata no pagamento de tributos.
Aos empresários, a medida prevê pequenos agrados, como a devolução do crédito de PIS e Cofins sobre exportações e a desoneração da folha de pagamento, com a redução gradual da contribuição patronal ao INSS. Mesmo assim, as medidas não são consideradas suficientes pelo setor privado. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Paulo Skaf, sugere a criação de um gatilho obrigando o governo a reduzir automaticamente a carga tributária quando a arrecadação alcançar um patamar a ser estipulado pelo Congresso. A proposta será apresentada hoje ao governo, em reunião dos líderes empresariais com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Embora também considere o projeto de reforma modesto, o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Paulo Tigre, aponta como natural o fato de que a proposta do governo não atenda a todos os grandes problemas do sistema fiscal do país.
- Lógico que ela merece vários aperfeiçoamentos. Mas a atual proposta é uma forma de o tema ganhar corpo - opina Tigre.
No encontro com os empresários, o coordenador da reforma no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Germano Rigotto, fará uma palestra para detalhar o projeto que será enviado ao Congresso. O governo tentará convencê-los da eficácia da reforma e, assim, anular a resistência da oposição.
- Quem fala mal da reforma é porque não quer reforma alguma. Mas nós mostraremos os avanços do projeto - comenta Rigotto.
Um dos atrativos oferecidos pelo governo ao setor produtivo é a redução, a partir de 2010, de um ponto percentual ao ano na atual alíquota de 20% da contribuição patronal à Previdência Social. A medida baixaria o índice ao patamar de 14%. Os sindicalistas, no entanto, temem que essa redução aumente o rombo da Previdência, comprometendo a aposentadoria dos trabalhadores no futuro.
Resistência de sindicalistas levou Lula a pedir alterações
Para tratar desse impasse, na última segunda-feira Lula recebeu por três horas os líderes das centrais sindicais no Palácio do Planalto. O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, lembrou que a desoneração custaria cerca de R$ 30 bilhões aos cofres da União.
¿ O governo alega que essa perda será compensada pelo aumento dos empregos formais e pelo crescimento econômico. Mas onde isso está escrito? Não existe uma meta de formalização, nem uma garantia de que os empresários vão repassar esse incentivo ao mercado ¿ argumenta Henrique.
Diante da resistência dos sindicalistas, Lula solicitou a retirada do tema do projeto que será entregue aos presidentes da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN). Apesar das polêmicas e ciente das dificuldades impostas pelo calendário eleitoral, o Planalto tem pressa em aprovar a reforma. O líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT), defende um entendimento com a oposição para evitar atrasos na tramitação do pacote. Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresentou a proposta a líderes oposicionistas e pediu cooperação.
- Estamos determinados a votar este ano, tentando criar um ambiente favorável no Congresso. Se ficar para o ano que vem, as mudanças só entram em vigor em 2010 ¿ argumenta Fontana.

Frases Germano Rigotto, Ex-governador "Quem fala mal da reforma é porque não quer reforma alguma. Mas nós mostraremos os avanços do projeto." Artur Henrique, Presidente da CUT "O governo alega que essa perda (o fim da contribuição patronal à Previdência) será compensada pelo aumento dos empregos formais e pelo crescimento econômico. Mas onde isso está escrito?"


Fonte: Zero Hora

VOLTAR
Print

Em construção

Rua dos Andradas, 1234, 21º andar - Porto Alegre/RS - CEP 90.020-008
Fone: (51) 3021.2600 - e-mail: afocefe@afocefe.org.br