Veto a subsídios vai a plenário
03/03/2008
A governadora Yeda Crusius, o chefe da Casa Civil, Cézar Busatto, e o líder do governo, Márcio Biolchi, reúnem-se hoje à tarde com os membros do Conselho Político ampliado para debater a votação do veto aos subsídios do Tribunal de Justiça, Ministério Público e Defensoria Pública. A decisão da governadora, de não aceitar as propostas, deverá ser analisada pelos deputados amanhã, em plenário. A partir de hoje, os projetos trancam a pauta de votações da Assembléia. Para derrubar o veto são necessários no mínimo 28 votos. Apesar da base aliada ser integrada por 32 deputados, dificilmente a decisão da governadora será mantida no parlamento.
Mesmo reconhecendo a provável derrota, Yeda trabalha para que, caso venha a ser confirmado, o resultado negativo não seja interpretado como traição dos aliados. Na avaliação da própria tucana, isso prejudicaria o clima de entendimento que o Executivo vem trabalhando nos últimas semanas. Mesmo com a incerteza, a idéia é transmitir que o Executivo compreende a decisão dos deputados, porque os projetos de subsídios foram resultados de acordos feitos no parlamento. Durante a conversa com os representantes do Conselho Político, que é formado pelos presidentes, secretários-gerais e os líderes das bancadas aliadas na Assembléia, Yeda tentará conhecer a tendência e a posição de cada um dos partidos. Nos últimos dias, interlocutores do governo buscaram formas de adiar a votação do veto, mas não conseguiram. A finalidade era aumentar o prazo para a análise em plenário e tentar reverter o placar desfavorável para o Executivo.
Em 14 de janeiro, junto com o secretariado, Yeda anunciou a rejeição integral aos projetos que estabelecem os subsídios. À época, ela alegou ser necessário mais tempo para debater o tema. As propostas de reajustes salariais das categorias foram aprovadas pela Assembléia em 20 de dezembro passado. Mas passam a valer apenas em março de 2009. Se os projetos forem mantidos, haverá impacto anual de cerca de R$ 150 milhões nos cofres públicos, segundo a Secretaria da Fazenda.
Fonte: Correio do Povo
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