Votação do imposto sindical é adiada
06/03/2008
O projeto deverá demorar para entrar novamente na pautaCom as galerias do plenário lotadas de manifestantes com camisetas da CUT e da Força Sindical, os deputados adiaram ontem a votação da manutenção do imposto sindical obrigatório.
O projeto só não foi votado porque o DEM, PSDB e PPS fizeram obstrução na votação de duas medidas provisórias que tinham preferência na pauta de votação.
Mesmo fazendo um trabalho para neutralizar o rolo compressor dos líderes sindicais, o autor da emenda que acaba com a cobrança automática, Augusto Carvalho (PPS-DF), sabe que terá grandes dificuldades para que os deputados reponham o texto de sua proposta. O texto já foi aprovado na Câmara e derrubado na votação do Senado. Apesar da obstrução, nem mesmo os democratas e tucanos sabem como vão votar.
Quando o DEM, o PSDB e o PPS se mantinham em obstrução, o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), foi ao microfone pedir que suspendessem a ação, porque era preciso votar o projeto de legalização das centrais. Sem sucesso.
- É preciso dar um freio de arrumação, dar tempo para um acordo. Se o governo não se comprometer a mandar uma outra proposta acabando com o imposto, não votamos - anunciou o líder do PSDB, José Anibal (SP).
Com o adiamento da votação, agora o projeto pode demorar a voltar à pauta da Câmara. Outras duas MPs trancarão a pauta nos dias 15 e 18 de março, e no dia 22 serão mais 10 MPs. E até 14 de abril mais 4.
O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), desembarcou ontem na Câmara com militantes e lideranças sindicais de todo o país. Com seu grupo percorreu uma a uma todas as comissões em funcionamento na Casa para fazer panfletagem. O projeto dará um reforço de caixa de R$ 1,2 bilhão por ano e tem o apoio maciço do PT, do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e do presidente Lula.
Fonte: Zero Hora
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