RS busca novo empréstimo no Bird
10/03/2008
Operação começa a ser negociada durante viagem da governadora a Washington, no final do mês
O governo do Estado começará a negociar novo empréstimo para investimentos em infra-estrutura e irrigação na missão que a governadora Yeda Crusius fará no fim do mês ao Banco Mundial (Bird), nos Estados Unidos. A afirmação foi feito sábado pelo secretário da Fazenda, Aod Cunha de Moraes Júnior, em entrevista à Rádio Guaíba. O secretário acompanhará Yeda nas reuniões que ocorrerão no dia 31 em Washington para a assinatura do contrato para a obtenção de empréstimo de 1 bilhão de dólares que serão utilizados na reestruturação da dívida com a União.
Conforme Aod, a nova operação começará a ser negociada na viagem para que o empréstimo tenha condições legais de ser efetivado entre 2010 e 2011. O aval, porém, está totalmente vinculado ao cumprimento das metas estabelecidas ao Estado no primeiro financiamento. 'Esse financiamento, que já está em andamento, é um passo muito importante dentro do Bird por ser o maior projeto para um estado subnacional. Se cumprirmos todas as etapas, lá na frente teremos portas abertas para outros projetos', avaliou Aod.
O secretário antecipou que ainda acertará nos Estados Unidos a vinda de uma missão da International Finance Corporation (IFC), braço de financiamento privado do Banco Mundial, para avaliar o apoio a projetos privados no Rio Grande do Sul. O grupo deverá vir ao Estado até maio. Caso seja confirmado acerto com a IFC, uma parcela dos investimentos ocorrerá por meio das Parcerias Público-Privadas, e o restante diretamente com as empresas. 'O governo está em busca de facilitar, abrir o caminho', destacou.
Paralelamente às questões relacionadas ao Banco Mundial e a investidores internacionais, o secretário tem participado das discussões da reforma tributária. Dois pontos preocupam Aod. O primeiro é o Fundo de Equalização para as perdas que podem ocorrer com a mudança da tributação na origem para o destino. Conforme ele, o Rio Grande do Sul poderia ser prejudicado, principalmente em relação a Lei Kandir.
'O que recebemos hoje como compensação pelas perdas das exportações passará a integrar esse fundo comum de todos os estados', disse. O novo Fundo de Desenvolvimento Regional, que deverá ter o aporte de mais de R$ 6 bilhões nos próximos seis ou sete anos, também merece atenção. Conforme o secretário, o fundo terá 95% dos recursos destinados para os estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e apenas 5% para Sudeste e Sul. 'Evidentemente, isso é muito pouco', afirmou.
Fonte: Correio do Povo
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