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Feijó assume com emoção e cautela

20/03/2008
A governadora deu solenidade à transmissão de cargo para o vice, que ficará responsável pelo comando do Piratini por 17 dias, período em que Yeda estará em viagem ao Exterior.
Depois de receber cumprimentos, ao final da solenidade de transmissão de cargo no Palácio Piratini, no início da tarde de ontem, Paulo Afonso Feijó foi provocado pela imprensa a dizer a primeira frase como governador. O vice que assumia foi rápido e categórico:
- Emoção e cautela.
São duas palavras definidoras da cerimônia em que a governadora Yeda Crusius transmitiu o cargo a seu vice-governador e do que Feijó promete ser a marca de sua permanência de 17 dias no comando do Estado. Sobraram gentilezas no ato de pouco mais de 10 minutos, que levou cerca de 150 pessoas ao Salão Negrinho do Pastoreio. O cauteloso Feijó fica no governo enquanto Yeda viaja para os Estados Unidos e o Canadá, onde manterá contatos com organismos internacionais, entre os quais o Banco Mundial.
Um personagem, na primeira fila, testemunhava um cenário inimaginável até meses atrás. O deputado Pedro Pereira (PSDB), que considerava improvável a hipótese de Feijó assumir o governo temporariamente, aplaudiu o empossado com entusiasmo. Em maio do ano passado, depois de o vice-governador contribuir para a primeira das duas derrotas às tentativas de Yeda de aumentar impostos, Pereira havia dito:
- Feijó está doente, eu como médico atesto isso.
Ontem, saudava o vice:
- Agora ele é nosso parceiro.
Pereira exaltava: quase todos os deputados da base governista estavam no salão. Só não via representantes de PT, PSB, PC do B e PDT, da oposição. Não houve surpresa na ausência dos oposicionistas. O ato de ontem, único com tanta pompa na história de uma transmissão de cargo no Estado, foi transformado em solenidade para marcar a reconciliação Yeda-Feijó, depois de 16 meses de confrontos. Uma transmissão geralmente é rápida, informal. Esta teve palco com carpete vermelho e cerimonial. Foi prestigiada pelos presidentes das grandes federações empresariais - Paulo Tigre, da Fiergs, Flavio Sabbadini, da Fecomércio, e Carlos Sperotto, da Farsul -, além de Anton Karl Biedermann, vice-presidente da Federasul, e do vice-presidente do Tribunal de Justiça do Estado, Roque Fank. E teve discursos. Yeda, a primeira a falar, disse estar alegre por duas razões:
- A primeira razão, que vem do fundo do coração de todo o Rio Grande, é a de ver a todos nós unidos.
A segunda razão era a viagem para divulgar as potencialidades do Estado. Depois, referiu-se ao vice como "uma rica pessoa" e disse:
- Desejo um profícuo período. Estaremos te olhando de lá.
Feijó discursou e retribuiu:
- Espero, governadora, corresponder as suas expectativas. Vou me esforçar para isso.
"Antes, não participava porque não era convidado"
Quando começou o discurso, emocionou-se ao dizer que assumia o governo "num momento extremamente difícil para mim e para minha família", numa referência à morte da filha Alessandra, em acidente, em fevereiro. A mulher do vice, Lisette, acompanhou a cerimônia. No fim da solenidade, formou-se uma fila de políticos e empresários para cumprimentar o governador em exercício. Na despedida, Yeda disse a Feijó:
- Vou sair por ali, numa porta lateral, que você vai aprender a usar, que dá direto na ala residencial. Te vejo vejo hoje, amanhã, depois e em todos os momentos.
Já empossado, Feijó foi à reunião-almoço da Federasul para ouvir a palestra do presidente do Grupo Gerdau, André Johannpeter, e retornou ao palácio por volta das 15h. O primeiro compromisso da agenda: receber prefeitos e rainhas de festas do Interior. Depois, foi ao setor de comunicação do palácio conversar com jornalistas e funcionários, e despachou com secretários e assessores. O vice levou três pessoas da sua equipe para o Piratini: o chefe de gabinete, Enio Meneghetti, a chefe de comunicação, Fernanda Barth, e o secretário executivo, André Zelmanowicz.
No meio da tarde, Feijó recebeu Zero Hora, quando comentou a serenidade da transmissão de cargo e disse que pretende dialogar muito com o secretário da Fazenda, Aod Cunha, sobre a possibilidade de o Rio Grande do Sul reduzir impostos:
- Na virada do ano, a governadora refletiu e apresentou uma agenda positiva. Quero participar dessa agenda e propor. Não farei nada sem ouvir a governadora, mas vou querer conversar. Antes, não participava porque não era convidado.
Feijó enfrentou apenas um imprevisto no primeiro dia. Quando voltou da Federasul e foi ocupar a mesa do gabinete, não conseguiu sentar-se. As pernas do governador, que tem 1,82m, batiam na mesa. Acomodou-se na mesa de reuniões da sala, diante de um laptop e de um porta-retrato com uma foto em que aparece abraçado à filha Alessandra.


O interlocutor é Aod Cunha
Ontem à tarde, o governador em exercício conversou com Zero Hora. Abaixo, trechos das declarações de Paulo Feijó: "Tenho conversado muito com o secretário Aod Cunha (da Fazenda). Falamos da minha grande preocupação, que é a competitividade. O Rio Grande do Sul é hoje o Estado menos competitivo. "O mundo quer o melhor e o mais barato, sem se interessar pelo local onde é produzido. E competitividade passa por redução de impostos. Procuro convencer o secretário Aod, que é um excelente técnico, de que quanto menor for a carga tributária maior será a arrecadação. Recebo empresários de todas as áreas que dizem: não dá mais. "Hoje se fala muito em guerra fiscal. É um absurdo. É o mesmo que dizer que há guerra de preços. Não é guerra, é competição. O Rio Grande do Sul perdeu a competição nos últimos anos. Empresas com tradição foram produzir o mesmo que produziam aqui no Ceará e na Bahia. Quem fala em acabar com a guerra fiscal nunca empreendeu ou correu riscos na vida.

Fonte: Zero Hora

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