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Yeda busca hoje US$ 1 bi do Banco Mundial

31/03/2008
Governadora se reúne por meia hora com a cúpula da instituição e espera assinar em maio o contrato do empréstimo que deve aliviar a crise gaúcha e liberar verbas para investimentos.
Embora tenha saído do Brasil antes da Páscoa, este 31 de março entrará para o calendário do governo estadual como o dia da primeira viagem internacional da governadora Yeda Crusius.
Os compromissos anteriores, no Canadá e em Nova York, foram acessórios: os encontros que justificam a viagem ocorrem hoje na sede do Banco Mundial, em Washington, onde Yeda tratará do empréstimo de US$ 1 bilhão que sua gestão vem negociando desde abril de 2007.
Foi nesse período, no ano passado, que Yeda recebeu um telefonema do ministro da Fazenda, Guido Mantega, dizendo mais ou menos o seguinte:
- Governadora, estou lhe dando um coelhinho de Páscoa: é o sinal amarelo para o início das negociações com o Banco Mundial. Não posso dar sinal verde porque o Estado está acima da capacidade de endividamento, mas podem começar a conversar.
A idéia de começar a dialogar antes de ter cumprido metas que dariam ao governo essa condição foi uma estratégia do secretário da Fazenda, Aod Cunha, para ganhar tempo. Funcionou: quando o governo obteve os resultados fiscais que o credenciam para pleitear um empréstimo de reestruturação da dívida, o processo já estava bastante adiantado.
- Escolhi esse encontro com o Banco Mundial para a minha primeira viagem internacional porque o empréstimo tem um simbolismo muito importante para nós: será uma carta de confiança e nos abrirá portas para o acesso a verbas de outros organismos internacionais, a fundo perdido.
O ápice da agenda será um encontro das 15h às 15h30min com o presidente do Banco Mundial, Robert Zoelick. Antes, Yeda e os secretários Aod Cunha e Fernando Schüler (Justiça), mais o secretário executivo das câmaras setoriais, Erik Camarano, serão recebidos pelo diretor executivo do Banco Mundial para o Brasil, Jorge Botero, e almoçarão com dirigentes da instituição.
A expectativa de Yeda é assinar o contrato até o final de maio, porque nesse mês o Estado precisa pagar uma parcela de R$ 150 milhões de dívidas contraídas em administrações anteriores e que se enquadram na categoria das que podem ser trocadas pelo empréstimo a juros mais baixos. O primeiro desembolso, após a assinatura do contrato, será de US$ 500 milhões. Imediatamente, começará a cair o percentual que o Estado gasta com o pagamento da dívida.
Se confirmada, negociação baterá recorde de agilidade
O governo trabalha com uma redução do comprometimento da receita em relação ao pagamento da dívida. Se isso ocorrer, sobrará dinheiro para investimentos. Pelos cálculos de Yeda, serão R$ 150 milhões por ano.
A se confirmar a assinatura do contrato em maio, o prazo para uma operação desse porte terá sido recorde na história do Bird: pouco mais de um ano entre o início das tratativas e a liberação da verba. As contrapartidas do governo incluem a aprovação do IPE como gestor único da previdência dos servidores e a melhoria da qualidade no serviço público, além do cumprimento das metas de ajuste.


ROSANE DE OLIVEIRA | Enviada Especial/Washington Por que é importante? O empréstimo de US$ 1 bilhão é crucial por seis motivos 1 - Vai permitir que o Estado liquide dívidas contraídas com juros mais altos e fique pagando, em prazo mais longo, um empréstimo que tem as menores taxas do mercado. 2 -Com essa operação, o percentual da receita que o Estado gasta com o pagamento de dívidas cairá de 18,5% para cerca de 15%. Não se está mexendo nos 13% da dívida renegociada com o governo federal, mas na chamada "dívida extralimite". 3- Gastando menos com a dívida, sobrarão mais recursos para investir: cerca de R$ 150 milhões por ano. É pouco. Mas, considerando-se que o Estado só investiu R$ 40 milhões com recursos próprios em 2007, o valor passa a ser significativo. 4 - A liberação de um empréstimo desse montante para um Estado que estourou a capacidade de endividamento é sinal de que o Banco Mundial confia no governo. Isso funciona como recado aos investidores e abre caminho para o Estado tomar verbas a fundo perdido em organismos internacionais. 5 - A contrapartida do Estado para obter o financiamento é o compromisso com a melhoria da gestão. Significa que este e os próximos governos serão fiscalizados pelo Banco Mundial. 6 -Os técnicos do Banco Mundial darão consultoria permanente ao Estado para garantir que as metas sejam cumpridas. Isso significa fornecer orientação para a montagem do sistema de previdência complementar.


Fonte: Zero Hora

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