Indústria festeja números de 2008
03/04/2008
Crescimento nos dois primeiros meses do ano foi de 11,4%. Em fevereiro, o IDI-RS avançou 13,4%
Os dois primeiros meses de 2008 registraram os melhores resultados da indústria gaúcha desde 2000, atingindo um crescimento de 11,4%, em comparação com igual período de 2007. O resultado do Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS) da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) foi divulgado ontem, pelo presidente da entidade, Paulo Tigre. 'O atual dinamismo está associado, principalmente, à demanda interna, estimulada pelos aumentos da renda, do emprego, do crédito e dos gastos governamentais', explica Tigre, destacando que o setor está deixando para trás o longo processo de recuperação e entrando efetivamente em um novo ciclo de expansão.
Todas as variáveis do IDI-RS foram positivas em janeiro e fevereiro: vendas (14,1%), compras (24,7%), pessoal ocupado (4,5%), remuneração paga aos trabalhadores (11,6%), horas trabalhadas na produção (9,1%) e utilização da capacidade instalada (2%). As maiores contribuições para a performance do setor industrial vieram de Máquinas e Equipamentos (33,8%), Veículos Automotores (21,1%) e Alimentos e Bebidas (12,6%). Esse crescimento está disseminado entre as indústrias gaúchas, revela o IDI, onde 74% das empresas apresentam aumento das vendas, o maior valor no período desde 2003, quando iniciou a série histórica.
Em relação ao mercado de trabalho, 'o ritmo de contratações no início de 2008 é um elemento importante por indicar uma expectativa favorável das indústrias em relação à atividade futura', afirma Paulo Tigre. Os maiores empregadores no período foram Máquinas e Equipamentos (31,9%), Veículos Automotores (15,3%) e Alimentos (5%). A situação só não é melhor, segundo o presidente da Fiergs, devido ao fechamento de postos de trabalho no setor coureiro-calçadista (6,7%), justamente o com maior nível de trabalhadores. Em fevereiro, a elevação do IDI-RS foi de 13,4%, em relação ao mesmo período em 2007, atingindo a maior taxa dos últimos 16 meses. As vendas chegaram a 15,8% e as compras, a 30,1%.
Fonte: Correio do Povo
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