Simples Gaúcho gera impasse
03/04/2008
Confusão e desencontro de informações marcaram ontem o possível reestabelecimento do Simples Gaúcho no Rio Grande do Sul. No início da manhã, ao reunir-se com os integrantes da Frente Parlamentar das Pequenas e Microempresas, o governador em exercício, Paulo Feijó, afirmou que enviaria projeto de lei até o final da manhã à Assembléia para que o Simples passasse a valer de novo. O projeto concedia benefícios fiscais a micro e pequenas empresas melhores do que a atual tributação. O impasse se deu devido à proximidade da chegada da governadora Yeda Crusius ao Estado. Isso fez os interlocutores pedirem o cancelamento de envio do projeto.
Às 11h30min, o chefe da Casa Civil, Cézar Busatto, e o secretário-geral de governo, Delson Martini, se reuniram com Feijó e solicitaram que antes tenham uma conversa com a governadora para evitar possíveis atritos. No momento, Feijó chegou a ligar para Yeda, que não pôde atender ao telefonema. Mesmo assim, ficou definido que ele conversaria com a governadora em encontro posterior pedindo que a proposta fosse enviada à Assembléia.
Ao meio-dia, em almoço com os deputados, o governador em exercício disse defender o projeto e espera que o assunto possa ser debatido com pressa. 'Como empresário, sei das dificuldades que o setor enfrenta sem esse benefício. Nossa proposta era o de reeditar o que existia, um desejo da própria Assembléia', justificou Feijó. O Simples Gaúcho vigorou no Estado até 30 de junho de 2007, quando foi substituído pela Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, que é federal. Com sua extinção, os empreendimentos passaram a ter o mesmo tratamento tributário dos de portes maiores.
Fonte: Correio do Povo
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