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Yeda mantém Ariosto no governo

26/04/2008
Balança mas não caiDepois de balançar no cargo, o secretário estadual de Planejamento e Gestão, Ariosto Culau, foi confirmado na função no final da tarde de ontem.
Estimado pela governadora Yeda Crusius, Ariosto, 38 anos, esteve a ponto de ser exonerado por conta de um happy hour em companhia do empresário Lair Ferst, indiciado pela Operação Rodin por suposta participação em fraude no Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Na noite de quinta-feira, o economista tomou chope na companhia de Ferst no Shopping Total, no bairro Floresta, em Porto Alegre. A cena foi flagrada com exclusividade por Zero Hora. Ontem, o secretário se esforçou para afastar suspeitas sobre o episódio, mesmo sob pressão da oposição e de aliados da governadora Yeda Crusius.
No início da manhã, ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, Ariosto reconheceu que o happy hour em um restaurante do shopping foi inoportuno. O encontro aconteceu horas depois de ele ter participado do anúncio do rompimento do contrato do Detran com a Fundação Educacional e Cultural para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (Fundae), uma das entidades suspeitas de participar do desvio de mais de R$ 40 milhões da autarquia.
- A primeira coisa que eu poderia fazer era ligar para a governadora. A governadora foi afirmativa ao dizer para eu ser transparente, que eu não tinha nada a esconder. Ela depositou total confiança em mim - disse o secretário.
Naquele momento, Ariosto afirmou ter descartado a hipótese de afastamento. A entrevista, porém, revelou uma contradição: o economista contou que havia combinado o encontro com o empresário por telefone. Na noite anterior, ele havia dito que deparou com Ferst casualmente enquanto esperava outros amigos.
Ainda pela manhã, no Parque de Exposições Assis Brasil, onde visitou obras para a próxima Expointer, Yeda afastou a possibilidade de demitir o secretário:
- Não está na minha linha de ação demitir uma pessoa porque tomou chope no Shopping Total - disse.
Ariosto ligou para Yeda ao saber do flagrante e pediu desculpas, prontamente aceitas. Ela mandou que o secretário fosse à mídia para se explicar:
- Disse a ele: "chopinho quadrado, esse, hein? Então se explique". Ariosto é um dos mais qualificados quadros do governo e é um homem íntegro e probo - afirmou Yeda.
De acordo com a governadora, Ariosto tem sua total confiança. Segundo ela, Ferst é um homem livre e o encontro do secretário foi com "um companheiro de partido".
Dois secretários aconselharam Ariosto a pedir demissão
Os aliados passaram o dia alegando que o economista é um técnico ingênuo, incapaz de avaliar a repercussão do ato. Nos bastidores, o tom era mais duro. Dois secretários estaduais chegaram a sugerir a Ariosto se demitisse para escapar de um massacre na CPI do Detran e poupar o Piratini de constrangimento.
- Um secretário próximo de Yeda se encontrou com o maior beneficiado pela fraude no Detran. Ariosto tem de ser demitido. Se não deixar o cargo, ele vai colocar todo o governo sob suspeição - avaliou o deputado Elvino Bohn Gass (PT).
À tarde, um tucano próximo do governo avaliava que Ariosto deveria ser exonerado:
- O equívoco dele pode custar caro ao governo. É um técnico importante. Yeda não tem alternativas. Não pode deixar dúvida no momento em que questionam até a compra da casa dela.
À tarde, o secretário foi blindado. Apesar da promessa da assessoria de imprensa, uma entrevista coletiva não chegou a ser marcada. Ariosto estava muito abalado. Se emocionou nos momentos em que foi levado a falar sobre o episódio.
- Ariosto é muito importante para o governo Yeda. O encontro casual em lugar público não prejudica o governo - disse o secretário da Saúde, Osmar Terra, ao deixar a sede do Executivo.
Para fortalecer o subordinado, Yeda optou por sua companhia em compromissos do dia. Ariosto esteve com ela em solenidade no Piratini e na assinatura de ordens de início de obras em seis escolas, num colégio no bairro Belém Velho. A governadora aproveitou para reforçar a confiança no trabalho do secretário. Ariosto, por sua vez, pediu desculpas pelo transtorno. Disse que a conversa com Ferst teve caráter pessoal, sem qualquer relação com a administração.


Fonte: Zero Hora

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