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Chope e pressão de aliados derrubam secretário

28/04/2008
Caso DetranSetenta e duas horas depois de ser flagrado tomando chope com um dos principais suspeitos de fraudar o Detran, o secretário do Planejamento e Gestão, Ariosto Culau, pediu demissão e entregou uma carta à governadora Yeda Crusius no início da noite de ontem.
Às 22h, ficou acertado que a secretária-adjunta da pasta, Ana Severo, assumirá o cargo até o novo titular ser escolhido. Hoje, ela acompanhará a governadora em Brasília. O substituto de Ariosto deve ser remanejado de outra secretaria, já que o cargo exige conhecimento técnico e intimidade com o plano de governo.
A noite de ontem foi agitada na ala residencial do Palácio Piratini. Por volta das 18h30, os secretários Delson Martini (Governo), Daniel Andrade (Infra-estrutura), Cézar Busatto (Casa Civil) e o porta-voz do governo, Paulo Fona, conversavam com Yeda Crusius quando Ariosto Culau chegou às 19h. Trazia consigo a carta de demissão de duas páginas.
A governadora pediu que os secretários saíssem e ficou frente a frente com o auxiliar demissionário. Ele reafirmou que seu encontro com o suposto lobista Lair Ferst foi pessoal. Constrangido, pediu desculpas pelo transtorno. No texto, relatou que sempre se pautou pela ética. A governadora aceitou o pedido de exoneração quarenta minutos depois.
- Vivemos dois dias muito tensos. Depois de rejeitar a demissão na sexta-feira, Yeda demonstrou sensibilidade política ao ouvir a base e aceitar a exoneração. Ela amadureceu a idéia de que a situação era insustentável - disse o chefe da Casa Civil, Cézar Busatto.
Desde sexta-feira, Ariosto estava inclinado a abandonar o primeiro escalão. Diante da insistência de Yeda, o secretário acertou com ela que pensaria sobre o assunto no final de semana. Durante os dois dias, consultou familiares, colegas de governo e do PSDB antes de decidir se permaneceria no Executivo.
Segundo um aliado, Ariosto chegou a ir a São Paulo para conversar com pessoas próximas. Na madrugada de ontem, ele encontrou com os secretários Aod Cunha (Fazenda), Daniel Andrade (Infra-Estrutura), Carlos Brenner de Moraes (Meio Ambiente) e Fernando Záchia (Desenvolvimento), no aeroporto de Guarulhos. Todos retornavam de missão oficial em Dubai e voltaram com Ariosto no mesmo avião até Porto Alegre. Eles aproveitaram o tempo para discutir a repercussão.
Tucanos cobraram saída de secretário
Em telefonemas, aliados aumentaram a pressão sobre o governo no final de semana para demitir Ariosto. Secretários estratégicos e até mesmo integrantes do PSDB, sigla da governadora, cobraram a exoneração.
A executiva do partido, deputados estaduais e federais estavam divididos. Candidato a prefeito de Porto Alegre pelo PSDB, o deputado estadual Nelson Marchezan Júnior exigia que Ariosto desse uma explicação à sociedade por meio de uma entrevista coletiva, um depoimento voluntário na CPI do Detran ou numa comissão da Assembléia Legislativa.
- Não adianta explicar só à governadora. O fato nu e cru é motivo de demissão. O chope é um problema grave. Como secretário, ele não podia se dar ao luxo de sair com um indiciado e causar um prejuízo enorme ao governo - afirmou Marchezan.
Desde que o escândalo estourou, na madrugada de sexta-feira, o deputado estadual Pedro Pereira (PSDB) pregava a exoneração do correligionário:
- Não tenho nada contra Ariosto. Mas, por inocência ou inexperiência, ele gerou uma situação muito constrangedora. Era a hora de estarmos faturando notícias boas, e o secretário pisa feio na bola.


Fonte: Zero Hora

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