Semana decisiva para empréstimo
05/05/2008
Governo estadual tenta garantir que os recursos do Banco Mundial ingressem no Estado ainda em 2008
O governo estadual terá uma semana decisiva para conseguir a liberação da União para o empréstimo de 1 bilhão de dólares que o Banco Mundial (Bird) poderá disponibilizar para o Estado. Hoje, o secretário da Fazenda, Aod Cunha de Moraes Júnior, e técnicos da Fazenda estadual embarcam para Brasília com a tarefa de convencer a Secretaria Nacional do Tesouro (SNT) e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional a liberar o Estado a fazer a operação. 'Estamos confiantes e tenho certeza que iremos avançar num resultado satisfatório', disse Aod, depois de conversar com o secretário do Tesouro, Arno Augustin.
Até a próxima sexta-feira, prazo para uma posição oficial da STN e da Procuradoria, estão agendadas diversas reuniões. Com o aval, o Executivo espera receber a primeira parcela em 12 de junho. Mas, devido aos problemas com a autorização da União, a operação que será aplicada na reestruturação da dívida, poderá ser concretizada apenas em 2009.
Para garantir a confiança da União, o secretário apresentará dois argumentos. O primeiro e principal é que o crédito possibilitará a redução de gastos e não o aumento de despesas. 'Não vamos gastar mais. Essa é a primeira operação de reestruturação de dívida. Vamos pagar dívidas mais caras', ressaltou. O segundo é que o Estado cumpriu pela primeira vez com as seis metas de ajuste fiscal em 2007 e conseguiu realizar um superávit primário mais do que o dobro do esperado pela STN, que atingiu R$ 954 milhões, o maior valor em 37 anos. Além disso, Aod aproveitará para debater a questão do prazo e a forma como o valor será repassado ao Estado.
Outro ponto que conta a favor do governo são as novas diretrizes aprovadas na semana passada pelo Bird. Segundo elas, a tendência do banco é aumentar o número de empréstimos aos estados, fazendo-os maiores do que os repasses para a União. A finalidade da nova diretriz é dar atenção especial aos investimentos em infra-estrutura e na redução da desigualdade social. Do total, 70% dos contratos serão para estados, segundo o Bird.
Fonte: Correio do Povo
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