Novo Simples desagrada e entidades decidem reagir
21/05/2008
Descontentes com as medidas do novo Simples apresentado pelo governo do Estado, entidades empresariais já preparam contrapropostas para amparar as micros e pequenas empresas gaúchas ainda em 2008. Além da redução da faixa do faturamento para a isenção de ICMS a partir de janeiro de 2009, dirigentes reclamam da inexistência de incentivos a empresas com receita superior a R$ 240 mil anuais.
O presidente da Federasul, José Paulo Cairoli, defendeu a vigência do novo Simples ainda para este ano. Segundo Cairoli, até entrar em vigência as medidas de isenção propostas pelo governo, muitas empresas estarão na informalidade, aumentando também o desemprego. Para ele, é necessário que o Simples Gaúcho retorne o quanto antes, 'para reverter um equívoco do governo do Estado quando tirou os benefícios das empresas gaúchas para fazer Caixa'. No RS, mais de 226 mil empresas estão enquadradas como micro ou pequena (faixas de receita brutal anual que varia de R$ 120 mil a R$ 2,4 milhões). O coordenador do Conselho das Pequenas e Microindústrias da Fiergs, Carlos Evandro da Silva, destaca que 65% dos empregos no RS estão nas mãos das micro e pequenas empresas. 'É uma falta de sensibilidade do governo em não considerar esses fatores', disse.
O empresariado gaúcho também reclamou da falta de redutores na cobrança de ICMS para empresas com faturamento acima de R$ 240 mil. 'Passará à indústria a responsabilidade de arcar com o pagamento de ICMS, pois elas não receberão nenhum abatimento', criticou o diretor da Fiergs.
Fonte: Correio do Povo
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