O empréstimo e a aparente calma
26/05/2008
O clima em torno do empréstimo de 1,1 bilhão de dólares do Estado junto ao Banco Mundial está calmo só aparentemente. Ainda na dependência de ultrapassar obstáculo relativo à Lei de Responsabilidade Fiscal para concretizar a transação, o Executivo acompanha de perto os desdobramentos em Brasília. Na terça-feira será votado pela Câmara dos Deputados o projeto que impede a penalização cruzada em função do desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal, mas, paralelamente, a atenção junto ao Supremo Tribunal Federal é total. Diariamente, são encaminhados documentos para reforçar a defesa da tese de que os recursos serão utilizados para conter gastos, e não ampliar o endividamento dos cofres gaúchos.
ARTICULAÇÃO E ESPERA
Governo do Estado iniciará, nesta terça-feira, em reunião do Conselho Político, a articulação com a base aliada sobre a nova proposta do Simples Gaúcho, com impacto financeiro de R$ 116 milhões ao ano a partir de 2009. Paralelamente, interlocutores do Palácio Piratini aguardam retorno das entidades empresariais, que já receberam a sugestão. Esperam que empresários não fiquem somente nas manifestações contrárias, mas apresentem proposta alternativa. Intenção é encaminhar o projeto à Assembléia no início de junho.
LÁ É DIFERENTE
Secretário da Fazenda Aod Cunha de Moraes Júnior defende que mais uma vez o Estado está sendo cobrado e penalizado, enquanto a União segue ilesa nas críticas envolvendo o episódio do Simples. Argumenta que, enquanto o Executivo gaúcho é pressionado para abrir mão de 1,25% de sua arrecadação, o governo federal mantém índices muito superiores, de 4,25% a 11,75%, e não enfrenta reivindicações.
Fonte: Taline Oppitz - Correio do Povo - 25/05/08
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