Banrisul tenta tranqüilizar mercado
03/06/2008
No final da tarde de ontem, o Conselho de Administração do Banrisul informou ao mercado financeiro que não há irregularidade nos contratos da instituição com a Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs).
Com base em um relatório obtido após investigação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o vice-governador Paulo Feijó disse em abril que um repasse de R$ 18,1 milhões à Faurgs não teria sido contabilizado. O comunicado ao mercado, recebido às 18h49min pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), destaca que não há nenhum julgamento sobre o assunto pelo TCE e expressa preocupação com "a exposição pública da instituição com base em apontamentos iniciais".
Na nota, o Conselho, presidido pelo secretário da Fazenda, Aod Cunha, afirma que "a área técnica do banco examinou os questionamentos públicos apresentados pelo senhor vice-governador e, com todo critério técnico, concluiu pela regularidade dos registros contábeis do Banrisul".
Em entrevista ao programa Gaúcha Repórter, no dia 21 de maio, Feijó disse que os contratos estariam guardados "a sete chaves" . Ontem, antes de receber a nota enviada à CVM, Feijó afirmou não estar surpreso com o fato de a equipe técnica não ter encontrado irregularidades nas contas, uma vez que os técnicos pertencem à gestão atual.
- Não recuo uma linha do que disse, porque foi baseado em dados que recebi do Ministério Público. O banco admite a irregularidade, já que firmou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) - disse.
Entenda o caso
- As investigações do Ministério Público (MP) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre contratos de informática do Banrisul com a Faurgs têm como base um dossiê do vice-governador Paulo Afonso Feijó contra a direção do banco.
- Em janeiro, técnicos do TCE concluíram um relatório preliminar apontando irregularidades nos contratos.
- Em 20 de maio, o banco firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MP para modificar os procedimentos envolvendo informática.
- Ontem, o Conselho de Administração do banco enviou à CVM um comunicado afirmando que não há nada errado nos registros contábeis.
zerohora.com
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Fonte: Zero Hora
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