Crise provoca mudanças no primeiro escalão
09/06/2008
Depois de reunir o Conselho político, a governadora deve anunciar hoje as primeiras medidas para reorganizar o governo
Depois de ter passado a última semana sem dar declarações sobre o escândalo que envolveu personagens do alto escalão do Executivo, a governadora Yeda Crusius anunciou no sábado que aceitou a saída do chefe da Casa Civil, Cézar Busatto, do secretário-geral de Governo, Delson Martini, do representante da embaixada gaúcha em Brasília, Marcelo Cavalcante, e do comandante-geral da Brigada Militar, Nilson Bueno.
Depois da reunião com o Conselho político, que ocorre hoje, às 10h, Yeda deverá anunciar quais serão as primeiras mudanças. A demissão coletiva ocorreu após uma sequência de fatos expostos na CPI do Detran. Na terça-feira, o nome de Martini e Cavalcante foram citados em escutas interceptadas pela Polícia Federal na Operação Rodin. Dois dias depois, a comissão revelou diálogo entre o vice-governador Paulo Afonso Feijó e Busatto, em que o ex-chefe da Casa Civil revela saber que estatais financiam partidos.
A conversa caiu como uma bomba no Palácio Piratini, que desde então passou a ser palco de intensas movimentações da base aliada no sentido de amenizar a crise. No sábado, membros da base aliada chegavam ao Piratini desde a manhã, para uma reunião do Conselho político, que acabou ocorrendo somente no início da tarde. Após o encontro de mais de duas horas, integrantes do governo diziam que as mudanças seriam anunciadas apenas hoje. Surpreendendo a todos, Yeda convocou uma coletiva e anunciou uma das maiores mudanças no governo desde que assumiu o Piratini.
Na noite de sábado, por meio de manifestação institucional, a governadora fez um pronunciamento rápido nas cadeias de rádio e televisão sem citar o vice. 'Garanto que o desenvolvimento do Estado não será interrompido por ataques desleais, que tentam desqualificar o trabalho responsável que fazemos.'
Fonte: Correio do Povo
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