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Como a governadora decidiu demitir quatro

09/06/2008
Com Busatto fora, PP e PMDB decidem ficar
Encurralada entre a permanência de Cézar Busatto na Casa Civil e o apoio do PP e do PMDB, a governadora Yeda Crusius optou por ter a seu lado os dois maiores partidos de sua base aliada.
No calvário de Busatto - que teve início na sexta-feira com a reprodução do diálogo entre ele e o vice-governador Paulo Feijó, gravado pelo próprio vice - , o PP tratou de logo deixar claro em nota oficial que não reconhecia Busatto como interlocutor do governo e pedia uma atitude da governadora para permanecer como integrante do governo. No sábado, um congresso estadual da legenda aprovou uma moção rompimento com o chefe da Casa Civil.
A pressão seguiu sendo feita no sábado por interlocutores de ambos os partidos, PP e PMDB.
Na reunião do conselho político, no sábado, um dos representantes do PP, o deputado federal Vilson Covatti disse que não havia mais ambiente para que o partido se sentasse à mesma mesa que Busatto.
- Ficou evidente no encontro que não havia ambiente para mantê-lo - relatou Covatti.
O PMDB, que na sexta-feira anunciou que iria responsabilizar judicialmente Busatto e Paulo Feijó, também deixou claro para Yeda de que não haveria condições de governar enquanto Busatto permanecesse na cadeira de chefe da Casa Civil.
- Busatto não tinha condições de permanecer. Não podíamos aceitar alguém que acusou o PMDB de ter sido financiado nos últimos anos pelo Banrisul. Eu nunca fui financiado pelo Banrisul - disse o deputado Alexandre Postal, líder da bancada, que participou da reunião do conselho político.
Após a demissão de Busatto, o presidente estadual do PP, Jerônimo Goergen, declarou que, com o gesto da governadora, seria possível ser restabelecida a governabilidade:
- Yeda mostrou que prefere ficar com o PP e a sua história em vez de ficar com Busatto. Agora, é preciso uma mudança política definitiva na forma do Executivo se relacionar com os partidos.
Ontem à tarde, após duas horas de reunião na sede estadual do partido, a executiva do PP decidiu por unanimidade que irá interpelar judicialmente Busatto. O PP quer que Busatto prove na Justiça o que falou durante a conversa que manteve com o vice-governador Paulo Feijó no dia 26 de maio, na qual afirmou que o PP tem como fonte de financiamento o Detran, assim como o PMDB se utilizaria do Banrisul.
A idéia de acionar judicialmente Busatto partiu, no sábado, do deputado federal José Otávio Germano, secretário da Segurança no período em que a fraude no Detran teve início, conforme investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF).
- Em nenhum momento, o PP foi institucionalmente citado nas investigações sobre a fraude no Detran. Foram citadas pessoas, individualmente - acrescenta Goergen, referindo-se a personagens do caso.
Em reunião do PMDB com o PDT para tratar sobre as eleições de Porto Alegre, ontem, o senador Pedro Simon comentou com interlocutores que Busatto se saíra mal na entrevista coletiva que concedeu na sexta-feira. Na avaliação de Simon, Busatto deveria ter pedido desculpas à população e reconhecido seu erro, em vez de negar ter feito as afirmações que ficaram gravadas.
O PMDB irá discutir o impacto da crise em uma reunião às 8h de hoje, na sede estadual do partido.


Quem deixou o cargo no sábado
Cézar Busatto (PPS), ex-chefe da Casa Civil Motivo da queda: diálogo gravado e divulgado pelo vice-governador Paulo Feijó em que Busatto diz que o Detran, o Daer e o Banrisul foram "fontes de financiamento" para todos os governadores. Disse ainda que PP e PMDB foram partidos que se beneficiaram desses órgãos.
Delson Martini (PSDB), ex-secretário-geral de Governo Motivo da queda: em conversas telefônicas, gravadas pela Polícia Federal, dois denunciados na fraude milionária do Detran (o ex-diretor da CEEE Antônio Dorneu Maciel e o ex-presidente do Detran Flavio Vaz Netto) citam o nome de Martini como alguém que sabia do esquema já quando ocupava a presidência da CEEE.
Marcelo Cavalcante, ex-chefe do escritório do Rio Grande do Sul em Brasília Motivo da queda: nas escutas telefônicas da Polícia Federal, há um diálogo entre Cavalcante e o lobista Lair Ferst, um dos réus no processo da fraude do Detran. Na conversa, Lair busca informações sobre uma reunião que ocorreria entre uma empresa e a Secretaria da Fazenda. Também foi para Cavalcante que Lair enviou por e-mail uma carta, que pretendia encaminhar à governadora, onde admite a existência de irregularidades no Detran. Ainda não há um substituto para o cargo. Nilson Bueno, ex-comandante-geral da Brigada Militar Motivo da queda: foi denunciado por estelionato e prevaricação - uso indevido de diárias e de favorecer uma aluna do curso de oficiais. A Justiça Militar solicitou à governadora, no meio da semana passada, o afastamento dele do cargo. Além disso, Bueno não contava com a simpatia de Yeda, que nunca escondeu sua preferência pelo coronel Paulo Roberto Mendes para o comando da BM (leia mais nas páginas 12 e 14).

Fonte: Zero Hora

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