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Yeda confirma crise ética em entrevista à TVCOM

10/06/2008
"Parem de divulgar fitas que eu terei tempo de nomear"

Depois de ter passado a manhã e a tarde de ontem tentando recompor o seu governo, abalado pela queda de dois secretários, a governadora Yeda Crusius participou ontem à noite do programa Conversas Cruzadas, da TVCOM. Durante uma hora e meia, Yeda foi questionada sobre a crise política pelos jornalistas André Machado, Lasier Martins, Paulo SantAna e Rosane de Oliveira.
A governadora chegou aos estúdios da TVCOM por volta das 22h. Yeda confirmou que o coronel Paulo Mendes será o novo comandante-geral da Brigada Militar, em substituição a Nilson Bueno, demitido no sábado. Perguntada por que não havia anunciado ainda a substituição, falou:
- Se me derem tempo, eu nomeio. Parem de divulgar fitas que eu terei tempo de nomear.
A seguir, uma síntese da entrevista da governadora:
Crise de ética
"A crise é de ética. Da maneira como se relacionam os entes políticos. Tanto em relação à CPI do Detran, como em relação às gravações feitas com Cézar Busatto, então chefe da Casa Civil, o que acontece é manter em suspenso a verdade. Vão apresentando aos poucos o que eles têm e o lado de cá não tem. Isso vai mantendo em suspenso, vai dando uma insegurança, e quem sabe atraia todos os olhares, todos os interesses de forma que o lado bom fique secundário. É assim mesmo, nós estamos na era do Big Brother."
Gabinete de crise
"Pode chamar (o gabinete de transição) de gabinete de crise. Nós estamos vivendo uma crise de ética. Este gabinete de transição tem até 15 dias para desenhar um contrato, uma carta de compromisso ético. Certamente, este novo contrato vai implicar ampla modificação nas indicações partidárias para cargos em comissão. Só podemos diminuir CCs se conseguirmos reformular as carreiras de Estado. Se tivermos sucesso nisso, vamos acabar o ano com a capacidade de diminuir CCs e contratos temporários."
Secretarias imexíveis
"Hoje estou propondo construirmos juntos as escolhas. Claro que vai ter o coração do programa de desenvolvimento que este governo está levando, honrando a eleição. Tem um conjunto de secretarias imexíveis, como diria o outro (referindo ao ex-ministro do Trabalho Rogério Magri). São aquelas que levam basicamente o projeto adiante, na área de ajuste fiscal. (...) Fazenda e Planejamento."
Escutas da PF
"A que que isso leva? Que eu estava na Expointer? Eu estava. Vou contar por que me chamaram de intrigueira nessas conversas (escuta entre Antônio Dorneu Maciel e Flavio Vaz Netto divulgada pela PF). Esse novo jeito de falar não dá as voltinhas que dava antigamente. A base era praticamente a mesma do governo anterior. Eu avisei, olha: vai ser diferente. Quero dizer que vamos trabalhar em grupo. O secretário não tem poder feudal em sua secretaria. Vamos trabalhar com metas."
Vale dos caídos
"Como pessoa privada eu uso o adjetivo que eu quiser, dentro do meu quarto, no meu banheiro, na minha cozinha. Como pessoa pública eu não uso adjetivos. E quando eu uso, peço perdão, peço desculpas. Porque é na hora quente do sangue italiano. Agora, eu concordo que com a total falta de ética realizada na relação do vice-governador com o chefe da Casa Civil. Na gravação, sabendo, para entregar para a oposição e não para o governo. Foi midiático, e ameaça que tem mais. Quem sabe queira transformar o governo no Valle de los Caídos. Não vai."
Comando da Brigada
"Vou nomear ouvindo a opinião do secretário da Segurança. Não hesito. O comandante será o Mendes (coronel Paulo Mendes, atual subcomandante da BM). Ele é interino enquanto eu não nomeio. Se me derem tempo, eu nomeio. Parem de divulgar fitas que eu terei tempo de nomear."
Recursos de campanha
"Há setores da nossa sociedade que não querem desenvolvimento do Estado, querem seu próprio bem. No caso da relação com o vice-governador, eu tentei muitas vezes que ela fosse uma relação de governo. Ele não fez campanha eleitoral conosco. Ele não participou da transição conosco. Ele tem outro modo de enxergar as coisas, o governo para Feijó é uma coisa chata, desnecessária, inútil. Pra nossa, não (buscou recursos pra campanha). Há de vir esta questão da campanha, creio que as próximas etapas de momentos fascinantes que nós vamos viver é sobre o financiamento da campanha eleitoral. Eu quero dizer que não recebi recursos captados pelo vice-governador Paulo Afonso Feijó. Ele (Lair Ferst) tem de responder (se captou recursos para a campanha). Lair não era captador de recursos. Tinha tesoureiro para isso."
Impeachment e golpe
"Os movimentos querem o tapetão, querem tirar o governo. E vai o Feijó junto. Só um ingênuo pode pensar que os movimentos sociais querem tirar a Yeda para botar o Feijó. Quem não vê isso? Querem derrubar toda a base. Se a base não está vendo isso, ela não está vendo que o golpe está sendo preparado. É golpe, sim. Porque pensar que um governo aberto, transparente, que expõe seu erros, suas mazelas, suas dores, possa ser taxado de governo corrupto... aqui entre nós, não pega."


Fonte: Zero Hora

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