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Denúncias de auditor constrangem Corte

13/06/2008

Após fazer a corrida rotineira na manhã de quarta-feira, o auditor substituto de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Aderbal Torres de Amorim, 68 anos, tomou café em casa com a mulher, Maria Denise. Às 7h30min, comia mamão, banana e mel quando levou um susto ao pegar os jornais e ler que os conselheiros haviam determinado uma investigação preliminar contra o presidente do tribunal, João Luiz Vargas.
- Como fizeram isso sem me chamar? - indagou.
O fato irritou Amorim, que estava substituindo o conselheiro João Osório, em férias. No final da manhã de terça-feira, na hora da decisão, os conselheiros titulares chamaram Osório. Uma ata foi feita e assinada pelos presentes. Formalmente, Amorim teria de participar da reunião. Ele se sentiu desconsiderado por ser o mais velho entre os colegas.
O desapontamento levaria o conselheiro substituto a reclamar do fato, classificado por ele de inaceitável, e a lançar uma bomba na sessão de quarta-feira do tribunal. Com a ausência do presidente da Corte, fragilizado por denúncias de envolvimento na fraude do Detran, o vice Porfírio Peixoto presidiu a sessão iniciada às 13h30min. Na seqüência, Amorim pediu questão de ordem sobre um processo. De improviso, lançou uma série de denúncias de corrupção contra a cúpula do tribunal, como utilização de carros com placas frias, nepotismo e enriquecimento ilícito. Chocados com as declarações, os conselheiros se calaram e mudaram de assunto rapidamente.
O clima ficou ainda mais pesado ontem no TCE. Cumprimentado por alguns servidores, Amorim foi criticado por outros por fazer denúncias "de corredor" em um momento de fragilidade da instituição. Houve quem dissesse que o auditor pretendia proteger Vargas. Amorim, que almoçou ontem com funcionários e palestrou na Corte, refuta as insinuações de que é amigo do presidente e se diz favorável à abertura de processo.
Apesar do abalo, nem mesmo a cúpula da Corte tentou frear o conselheiro substituto insatisfeito. Caberia ao presidente tomar uma atitude, mas Vargas não foi ontem ao tribunal. O vice não quis assumir posição que não lhe compete. Amigo de Amorim há 15 anos, Porfírio Peixoto comentava que o colega sempre fez críticas, mas jamais chegara a esse ponto. O vice-presidente checou cada palavra e frase do colega e conversou com o procurador-geral do Ministério Público de Contas, Geraldo da Camino. Peixoto avaliava que a intenção do amigo era atingir "mortalmente" a instituição.
- Estou arrasado. É muito difícil isso porque desmerece e desmoraliza a instituição. Parece que o tribunal está virado em um covil de ladrões. Nada disso é verdade - lamentava o vice no tribunal.
Da Camino está analisando as denúncias e hoje deve enviar ofício ao procurador-geral de Justiça, Mauro Renner, relatando as declarações de Amorim.


No Brasil
- Todos os 26 Estados e o Distrito Federal têm tribunais de contas. No âmbito federal, o trabalho é realizado pelo Tribunal de Contas da União. - Recentemente, o TCE de São Paulo também viu seu nome citado em suspeitas. O conselheiro Robson Marinho defendeu um contrato do Metrô com a Alstom, multinacional francesa acusada de pagar propina a políticos. Marinho teve, em 1998, uma viagem à Copa do Mundo da França custeada pela empresa.

Fonte: Zero Hora

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