Governo tenta blindar Yeda para estancar a crise
15/06/2008
Governadora cancelou compromissos externos e passa os dias em reuniões
Dar um fim à crise. Este é o principal objetivo do governo do Estado, que tenta estratégias diferentes para minimizar os efeitos da CPI de Detran e da saída de quatro secretários importantes. O objetivo, porém, parece distante. O Executivo está há nove dias sem chefe da Casa Civil; a governadora Yeda Crusius isolou-se no 21º andar do Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff); a Secretaria-Geral de Governo, criada para gerenciar os principais programas da administração, pode ser extinta.
Desde a sexta-feira, dia 6, Yeda não cumpre agenda fora do Palácio ou de seu gabinete no Caff, onde passa a maior parte do tempo. Também não recebe empresários, faz anúncios importantes ou realiza as tradicionais viagens para eventos pelo Interior. A última solenidade de vulto no Palácio foi a do anúncio da fábrica de plástico verde da Braskem, no dia 5. Na semana passada, Yeda dedicou a segunda-feira à reunião do Conselho Político e a entrevistas. Entre terça e sexta sua agenda oficial se resumiu a uma única frase: reuniões internas. A agenda deste sábado não foi publicada.
O gabinete de transição, instituído na segunda para apontar soluções para a crise, sofreu duas baixas antes mesmo de começar os trabalhos. O deputado federal Cláudio Diaz (PSDB) devia integrá-lo, mas avisou que seus compromissos em Brasília o impediam. Jair Soares (PP) considerou que tinha um perfil muito 'diferenciado' do grupo.
Para dirigentes dos partidos aliados, o gabinete teria entre suas atribuições alterar – e melhorar – a relação com outros poderes e dar mais responsabilidade e voz à base de coalizão. Mas logo na primeira reunião foi estabelecido que só Yeda ou o porta-voz Paulo Fona falariam pelo grupo, que de relações políticas ainda não tratou. Suas principais decisões foram o estabelecimento de uma auditoria extraordinária em secretarias e órgãos de governo e a convocação de nova reunião do Conselho Político, para esta segunda.
Fonte: Correio do Povo
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