Protesto pelo vinho na Capital
04/07/2008
O dia de mobilizações promovido pela cadeia produtiva do vinho, ontem, em Porto Alegre, resultou em agendamento de audiências com autoridades em Brasília para cobrar medidas que garantam a sobrevivência do setor. Este foi o principal resultado da entrega das reivindicações aos representantes dos ministérios da Fazenda, Agricultura e Desenvolvimento Agrário.
A estimativa é que, pelo menos, 4 mil pessoas tenham participado dos atos, que começaram com caminhada do Parque da Harmonia até as delegacias regionais dos ministérios, na avenida Loureiro da Silva. À tarde, a mobilização ocorreu em frente ao Palácio Piratini, onde aproximadamente 2,5 mil pessoas aguardavam retorno da audiência com o chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel, e o secretário adjunto da Agricultura, Gilmar Tietböhl. Wenzel se comprometeu a encaminhar o documento à governadora, após análise prévia da Secretaria da Agricultura, onde a proposta de solução às demandas locais deve ser elaborada. 'Recebemos apoio de todos os representantes que visitamos e conseguimos para a próxima semana um encontro com a Casa Civil, em Brasília', pontuou o presidente da Comissão Interestadual da Uva, Olir Schiavenin.
A expectativa é que algum acordo comece a ser delineado a partir destas ações, mas os organizadores do movimento garantem que a mobilização não vai arrefecer. 'Se não tivermos retorno positivo na próxima semana, vamos voltar às ruas e fechar fronteiras', advertiu Schiavenin. O presidente da Fetag, Elton Weber, elogiou a união das entidades do setor em torno do interesse comum.
A cadeia produtiva da uva e do vinho cobra dos governos política de redução em 25% dos estoques de vinho através de instrumentos reguladores que garantam a colocação da safra, redução de tributos e renegociação de acordos internacionais. Segundo a presidente do Sindivinho, Cristiane Passarin, não se trata de um favor, mas de justiça. O ato também pediu maior debate sobre a lei que amplia o controle sobre a ingestão de álcool por motoristas.
Fonte: Correio do Povo
Comentário do Afocefe:
Os vitivinicultores gaúchos protestaram também contra a entrada de vinho contrabandeado da Argentina e Chile, que segue a rota da BR 290 e passa justamente em frente ao desativado posto fiscal de Guaíba. Os prejuízos decorrentes do fechamento desta unidade se refletem em todos os setores da economia gaúcha, como foi demonstrado agora pelos produtores do setor vinícola.
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