AOD: REAJUSTE É TEMA COMPLICADO
05/07/2008
O secretário da Fazenda, Aod Cunha, se mostra resignado, mas um tanto desconfortável quando o assunto é o aumento de 143% no salário da governadora Yeda Crusius e de seu Secretariado. Pelo projeto proposto pela Assembléia e que já tramita, os vencimentos de Yeda passariam dos R$ 7,1 mil para R$ 17,3 mil, enquanto os dos secretários ficariam em torno de R$ 11 mil. 'É um tema complicado, que se postergou muito', admite ele. Aod alinha os argumentos já conhecidos: o salário é baixo demais para a governadora, ficou congelado por uma década e o aumento terá pouco impacto financeiro, apesar de o índice ser polpudo. A dificuldade está em conceder aumento ao topo do Executivo, quando o funcionalismo tem vencimentos baixíssimos e o próprio secretário reconhece que a previsão de reajuste este ano é 'zero' e assim continuará. 'Na medida do possível, temos pagado os passivos', justifica Aod, referindo-se a avanços de carreira, alguns cumpridos por decisão judicial.
RENDIDO
Aod Cunha diz que o tema foi muito discutido no governo. Sobre a posição que adotou no debate, alega que secretário de Fazenda é sempre econômico, mas, como integrante do governo, se alia às decisões. Aod é, ao mesmo tempo, topo e base do Executivo, ainda que integre um grupo privilegiado de servidores: os fazendários.
PRESSÃO À VISTA
Aod sentirá de perto o efeito negativo do aumento salarial da governadora. 'Virá pressão', antecipa ele, referindo-se aos pedidos que chegam à Fazenda e às negociações de incentivos fiscais. Aod garante que o reajuste não significará um caixa mais flexível. 'Não há como. Flexibilidade comprometeria o esforço fiscal', avisa.
Fonte: Denise Nunes - Correio do Povo
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