Nova secretaria gera divergências no governo
17/07/2008
Órgão que visa ao combate à corrupção não é consenso no Executivo estadual
O projeto de criação da Secretaria da Transparência, Prevenção e Combate à Corrupção, que chegou ontem à Assembléia Legislativa, não é consenso no Executivo estadual. A proposta enfrenta problemas até mesmo entre integrantes do governo. Anunciada pela governadora Yeda Crusius na segunda-feira, a medida pretende institucionalizar o Comitê Estadual de Controle das Finanças Públicas e de Transparência. Com o objetivo de ampliar a fiscalização e prevenir a corrupção no poder público, o Comitê foi divulgado como parte da Carta-Compromisso elaborada por representantes da base aliada. A indisposição entre integrantes do governo surgiu porque a proposta estaria há um ano em estudo pela Controladoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage), como item do programa estruturante Ajuste Fiscal, que será apresentado hoje no Piratini. Os técnicos da Cage que estudaram as propostas não se sentem contemplados pelo Executivo, porque não foram convidados a participar da elaboração do projeto que pretende instituir a secretaria. Além disso, o órgão estaria sendo criado somente para preencher uma lacuna existente no âmbito do Estado, que não define quem se responsabiliza pelos problemas apontados pela Cage.
Também existem dúvidas entre os integrantes do governo sobre a finalidade e adequação da nova Pasta às secretarias. Até mesmo a secretária-geral de Governo, Mercedes Rodrigues, cotada para assumir a nova função, desconhece a composição da secretaria que, de acordo com o projeto, contará apenas com a criação de um cargo, dispensando outros servidores.
Fonte: Correio do Povo
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