Reforma do Secretariado será menor que o esperado
23/07/2008
Será bem menor do que o anunciado e pode até ocorrer só para resolver ‘problemas pontuais’ a esperada reforma do secretariado de Yeda Crusius. Apesar das cobranças públicas dos aliados, nos bastidores a mesma base acredita cada vez menos em mudanças significativas no primeiro escalão e os partidos já começaram a tentar aumentar espaço negociando colocações em outros postos.
As diferenças entre as expectativas da base e o que a governadora pretende ficam expostas no caso do PMDB, que ainda aguarda uma definição sobre quem assumirá no lugar de Luiz Fernando Záchia na Secretaria do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais. Os peemedebistas ainda não têm garantido quem será o substituto e também se manterão esta secretaria. 'Tenho meu mandato na Assembléia e não sou do partido da governadora. A definição depende mais do governo mesmo e ainda não falei com ela esta semana', resumiu ontem o líder do governo na Assembléia, deputado Márcio Biolchi (PMDB) que é o mais cotado para assumir a Sedai.
Assim, apesar das expectativas na Assembléia Legislativa, é cada vez mais forte a convicção de que a reforma do secretariado não avançará, já que há convicção de que o governo estaria aproveitando o recesso do Legislativo para deixar o assunto perder fôlego.
Há um grande motivo para que isso se confirme: das 20 secretarias hoje existentes (contando o Casa Civil e a Secretaria Extraordinária de Irrigação e Usos Múltiplos da Água), o PSDB e as indicações pessoais da governadora estão à frente de 12 pastas. Entre elas, estão praticamente todas as secretarias estratégicas, como Casa Civil, Fazenda, Planejamento, Educação, Saúde, Infra-Estrutura, Segurança e Geral de Governo. O PMDB tem a Sedai e a Habitação. Outro posto considerado fundamental, a presidência do Banrisul, é apontado como o maior detentor de cargos em comissão.
O PTB segura a Administração e o Turismo e o PP a Institucional de Governo, a Ciência e Tecnologia, a Agricultura e a Cultura. Além da Sedai, a única outra mudança certa será a criação da Secretaria da Transparência, a ser comandada pela hoje secretária-geral de Governo, Mercedes Rodrigues.
Fonte: Correio do Povo
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