TCE envia representação contra João Luiz ao MPF
29/07/2008
Por unanimidade, o pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE) decidiu ontem encaminhar à Procuradoria-Geral da República a representação do Ministério Público de Contas (MPC) contra o presidente da instituição, João Luiz Vargas. Em uma sessão considerada histórica, que durou pouco mais de uma hora, os cinco conselheiros ainda registraram votos contrários ao pedido de afastamento de João Luiz do TCE.
'O Ministério Público Federal (MPF) é instância competente para determinar se são necessárias novas investigações. Sobre o afastamento, não entendemos necessário, porque em nenhum momento o presidente prejudicou o trabalho do tribunal', avaliou o vice-presidente Porfírio Peixoto, que presidiu a sessão. João Luiz não acompanhou a votação 'para evitar constrangimentos'. Como a decisão do pleno foi a de encaminhar o processo ao MPF, o processo administrativo interno, também sugerido pelo procurador-geral do MPC, Geraldo Da Camino, ficou prejudicado. 'Este procedimento poderá ocorrer no futuro se a procuradoria-geral da República identificar que as suspeitas são verdadeiras', explicou Peixoto.
Além da relação próxima que mantém com o dono da Pensant, José Fernandes, apontado pela Polícia Federal no inquérito da Operação Rodin como um dos mentores do esquema, João Luiz foi sócio da empresa IGPL, subcontratada para prestar serviços ao departamento de trânsito. Outro motivo alegado para o pedido de investigações envolvendo o presidente do TCE foi o fato de seu filho Eduardo Vargas, réu no processo sobre a fraude no Detran, ter sido seu sucessor na sociedade da IGPL. Ontem, após a sessão, João Luiz acusou Geraldo Da Camino de ter sido influenciado por deputados do PT e usado o relatório paralelo da CPI do Detran para embasar as acusações contra ele.
Fonte: Correio do Povo
|
|