Yeda assina hoje contrato de empréstimo com Bird
01/09/2008
Com operação, governo do Estado receberá do Banco Mundial US$ 1,1 bilhão para pagamento de dívidas.
Após um ano e quatro meses de negociações, o governo do Estado e o Banco Mundial (Bird) assinam hoje o contrato que libera o empréstimo de US$ 1,1 bilhão ao Rio Grande do Sul. A cerimônia está marcada para as 11h, no Palácio Piratini, com a presença do ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Aprovada pela diretoria da instituição, pela Assembléia Legislativa e pelo Senado, a operação servirá para abater parte da dívida extralimite do Estado – formada por contratos que não foram objeto da renegociação da dívida com a União, em 1998.
– Vamos mostrar que a confiança que eles depositaram em nós merece um futuro promissor – afirmou a governadora Yeda Crusius.
As negociações com o Bird iniciaram-se em maio de 2007. Desde então, 12 missões do banco visitaram o Estado.
O empréstimo
A OPERAÇÃO
O Banco Mundial (Bird) emprestará US$ 1,1 bilhão ao Estado, em duas parcelas:
Com o dinheiro do Bird, a Fazenda vai antecipar o pagamento das chamadas dívidas extralimite, que têm juros mais altos. Em vez de pagar os antigos credores, o Estado vai ficar devendo para o Bird – com juros menores e condições mais favoráveis.
RECURSOS BLINDADOS
No contrato, está estabelecido que o dinheiro não poderá se misturar com valores do Executivo no caixa único, nem será gasto no custeio do governo. Será repassado diretamente aos credores.
AS CONTRAPARTIDAS
Para conquistar a confiança do Bird, o governo apresentou suas medidas de gestão, que foram aceitas pelo banco. O Piratini se comprometeu a manter o programa de redução de gastos de custeio. Por que é importante?
Embora o impacto direto do empréstimo seja reduzido diante do tamanho da dívida (uma economia estimada em cerca de R$ 600 milhões ao longo de 30 anos), possibilitará ao Estado elevar um pouco os investimentos.
O QUE O GOVERNO PLANEJA FAZER?
Embora os valores economizados com o empréstimo não sejam muito elevados, o dinheiro do Bird ajudará o Piratini a retomar os investimentos. Em 2007, a aplicação de recursos livres do Tesouro foi de apenas R$ 11 milhões. Em 2009, confirmadas as perspectivas de eliminar o déficit, o Estado pretende ampliar consideravelmente este valor.
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