Empréstimo - Diferenças esquecidas, por ora
02/09/2008
A esperada assinatura do contrato de empréstimo do Estado com o Banco Mundial foi marcada por pompa e circunstância e contou com a presença maciça de integrantes da base aliada e da oposição. O clima de paz e amor e elogios mútuos que marcou o ato no Piratini permaneceu imaculado apesar da verdadeira queda-de-braço estabelecida em Brasília com o episódio dos grampos clandestinos. Em sua manifestação, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, destacou o esforço da administração tucana ao promover o ajuste fiscal e foi além, afirmando que o interesse da população uniu governo e oposição e que o resultado representa lição de democracia ao país. E não parou por aí. O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, reconheceu o pioneirismo do Estado na operação de reestruturação da dívida. Executivo não deixou por menos e salientou, nas falas da governadora Yeda Crusius e do Secretário da Fazenda, Aod Cunha de Moraes Júnior, a participação e o empenho de interlocutores do Planalto no processo. Entre o público, adversários ferrenhos da gestão acompanharam as declarações. Por um dia, trégua reinou no Piratini.
AVALIAÇÃO DE PERTO
A assinatura do contrato com o Bird não significa garantia de liberação dos 1,1 bilhão de dólares que totalizam a transação. Metas fiscais gaúchas serão avaliadas a cada dois meses por missões do banco. Caso o cenário seja alterado, a segunda parcela, de 550 milhões de dólares, correrá risco.
RECONHECIMENTO
O trabalho de João Carlos Brum Torres no comando da Secretaria de Coordenação e Planejamento durante o governo Germano Rigotto foi destacado nos discursos de Yeda, Aod e Augustin. Teve papel fundamental nos contatos com o Bird, que ocorriam desde a gestão de Olívio Dutra.
Fonte: Taline Oppitz - Correio do Povo
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