O empréstimo em dólares
05/09/2008
Não há no contrato de empréstimo de US$ 1,1 bilhão do governo estadual com o Banco Mundial nenhuma cláusula de garantia contra eventual maxidesvalorização do dólar, segundo o secretário Aod Cunha. Ele tem, portanto, um entendimento diferente da governadora Yeda Crusius para quem há um limitador de comprometimento da receita líquida. Mas qualquer empréstimo tem embutido um risco. O endividamento atual além da taxa de juros mais alta está sujeito à variação do índice de inflação medida pelo IGP-DI. Aod Cunha insiste em dizer que a garantia maior está na variação do dólar em relação à moeda brasileira nos últimos 30 anos, que dá a medida dos próximos 30 anos.
Inflação x dólar
O aceleramento da inflação, medida pelo IGP-DI, aumentou a dívida total do Estado, de R$ 37 bilhões, em R$ 1,6 bilhão de janeiro a maio deste ano, porque 90% dela eram corrigidos por este índice, segundo a Secretaria Estadual da Fazenda. Neste caso, o estrago causado pela correção da inflação foi maior do que pelo câmbio.
Déficit zero
Secretário Aod Cunha não aposta neste momento na conquista do déficit zero já em dezembro deste ano, como fazem alguns representantes do governo estadual. Ele prefere aguardar o final de outubro, quando a Secretaria irá fazer nova avaliação. O déficit zero pressupõe 12 meses acumulados e não só num mês, como ocorreu em maio.
Fonte: Affonso Ritter - Jornal do Comércio
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