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Déficit zero no Estado emite sinal positivo

15/09/2008
Somos o que fazemos repetidamente. Por isso o mérito não está na ação e, sim, no hábito, ensinava Aristóteles. Possuímos em nós mesmos, pelo pensamento e pela vontade, um poder de ação que se estende muito além dos limites de nossa esfera corpórea, pregava Allan Kardec. Geralmente louvamos por atacado mas censuramos por miúdo. É que na montanha aproveitamos bastante, porém é no vale que estamos mais abrigados. O Rio Grande do Sul tinha um sonho que, a partir de hoje, tornar-se-á realidade graças ao empenho dos gaúchos, Legislativo e Judiciário juntos. Mas principalmente pela tenacidade de Yeda Crusius. O Projeto de Lei Orçamentária para 2009 será encaminhado à Assembléia. É com orgulho que a governadora diz que o Orçamento para 2009 apresentará, pela primeira vez depois de 40 anos de déficits, uma previsão realista de receitas e despesas equilibradas, com a retomada dos investimentos públicos, previstos em R$ 1,25 bilhão no próximo ano. Por uma feliz coincidência de momentos haverá o retorno do ICMS não cobrado nas exportações gaúchas, cerca de R$ 220 milhões de repasse federal. Sexta-feira, dia 12, foi lançado o modelo das Parcerias Público-Privadas (PPPs), com o marco regulatório. Para Yeda Crusius, se couber a ponte do Guaíba dentro de uma parceria público-privada, já poderíamos contar com isso. Mas ela lembra que uma nova ponte sobre o Guaíba é uma decisão federal, "e vamos contar com a interferência direta do Ministério do Planejamento e da bancada gaúcha". Disse também que um trabalho idêntico está sendo feito em relação ao Trensurb. Esse é um momento especial para o Rio Grande do Sul, com certeza. Mesmo sendo derrotada duas vezes em sua proposta de alíquotas maiores por tempo determinado para o ICMS, medida que foi repudiada pelas classes empresariais, pela oposição e mesmo parte de sua base eleitoral, não sem uma boa dose de razão, eis que o brasileiro está pagando impostos demais, a governadora não desanimou. Tratou de aplicar o óbvio como é feito em qualquer família, empresa ou organização com bom senso, lógica e planejamento, cortando os gastos. Isso gerou, e assim acontece, protestos generalizados. Na hora do aperto financeiro, todos querem que ele recaia sobre o vizinho, a repartição ou a secretaria ao lado. Aliás, o bom-mocismo de governos anteriores, temerosos em dizer não, levou ao déficit, sempre atendendo a todas as demandas. Sem cortar despesas e combater a sonegação, como eliminar o buraco nas finanças? Tirando os incentivos fiscais, apontam alguns. Mas as empresas viriam para o Estado sem eles? Uma grande etapa está para ser iniciada no Rio Grande do Sul. Fizemos a obrigação mais elementar e isso será visto ao longo de 2009, não gastaremos mais do que é arrecadado. Simples assim como é dito, porém tão difícil de ser entendido. Ou pelos que fazem não entender, ainda que sabendo da realidade. Deixar de gozar uma situação irrealística, no caso o déficit de décadas, para não sofrer mais é o segredo da melhoria das finanças públicas estaduais. O mal ou o bem que fazemos aos nossos semelhantes sempre reverte para nós com acréscimo, e isso vale para a administração estadual, municipal ou federal. Lembre-se a governadora de que os sábios são, normalmente, solitários. É porque eles temem os velhacos e não conseguem conviver com os tolos. Finalmente, confirma-se o antigo adágio popular, o de que cabe aos homens definir e classificar as virtudes. No entanto, quem mais as pratica são as mulheres. É que os charlatões políticos prometem demais e cobiçam a tudo.

Fonte: Editorial do Jornal do Comércio



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