A hora de compartilhar benefícios
16/09/2008
Aod Cunha de Moraes Junior
O ano de 2009 será o momento em que o processo de ajuste fiscal do Rio Grande do Sul começará a ser melhor percebido pela população gaúcha, exatamente porque será o momento em que todo o esforço feito até agora pelo governo Yeda Crusius e compartilhado por todos os poderes se reverterá em investimentos nas diversas regiões do Estado. Será R$ 1,25 bilhão de investimentos em saúde, educação, infra-estrutura e segurança. Esse valor é enorme, se considerarmos que há poucos anos o Tesouro sequer tinha perspectiva de pagar em dia suas despesas correntes, como a dívida, os gastos com fornecedores e a folha do funcionalismo. Agora, a proposta orçamentária entregue nessa segunda-feira ao parlamento indica que, no próximo ano, além de pagar todas as obrigações correntes, o Estado ainda terá R$ 1,25 bilhão para novos investimentos, sem necessidade de receitas extraordinárias ou novos endividamentos. Além disso, as empresas estatais investirão mais R$ 1,118 bilhão. Por isso, mais do que zerar o déficit, começaremos a recuperar o tempo perdido em investimentos, com meta de chegar a 7% da Receita Corrente Líquida em 2009 e 10% em 2010. São benefícios que se traduzem em ações como o início da recomposição do efetivo da Segurança Pública e a aquisição de mais de 500 veículos para as polícias, 53 novos acessos de municípios ainda isolados das principais rotas de transporte e 500 novos laboratórios de informática nas escolas, entre outros.
O momento de gerar investimentos é o objetivo pelo qual sempre trabalhamos e, para isso, foram necessárias persistência e determinação. Nesses quase dois anos, tivemos momentos difíceis para adequar os gastos à realidade do caixa, mas, agora, estamos concretizando uma mudança na qual muitos não acreditavam, porque está constituído no Estado um esforço conjunto pelo equilíbrio das contas públicas e pela retomada dos investimentos. Portanto, essa proposta orçamentária é o resultado de um esforço solidário em prol de benefícios coletivos. Ainda há muito a fazer para que esse equilíbrio seja sustentável, mas, com a percepção dos benefícios do ajuste fiscal, será a própria população a maior aliada na manutenção desse resultado pelo qual esperamos por cerca de 40 anos.
Secretário da Fazenda
Fonte: Jornal do Comércio
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