Projeção ambiciosa no pós-ajuste
18/09/2008
PROJEÇÃO AMBICIOSA NO PÓS-AJUSTE
O secretário Aod Cunha apresentou ontem, na Federasul, uma projeção de impactos futuros do ajuste fiscal, com base em um estudo sobre o efeito do gasto público no crescimento dos estados, da professora de Macroeconomia da USP Fabiana Rocha. As projeções (de Aod e do economista Alexandre Porsse) partiram do pressuposto de que 1% a mais no gasto público tem um efeito negativo de 0,04% no crescimento dos estados em geral e de 0,08% nos estados desenvolvidos. Se aplicado em investimentos, o mesmo 1% tem um impacto positivo de 0,4% na economia dos estados, sendo de 0,05% nos mais desenvolvidos. Assim, considerando a manutenção do ajuste, cenários nacional e internacional estáveis, um PIB anual de 4%, inflação de 4,5% e um crescimento populacional de 1% ao ano, o PIB gaúcho poderia chegar a R$ 502 bilhões em 20 anos (2028). Sem o ajuste, ficaria em R$ 399 bilhões, conforme as projeções. O incremento na geração de empregos seria de 3,5 milhões de vagas.
DESAFIO
Ao apresentar as projeções, o secretário da Fazenda ressaltou o que considera o principal desafio para o Estado: a conscientização da sociedade sobre a importância de preservar o ajuste fiscal. 'Vale a pena ter obstinação e convencer a sociedade para que ela exerça esse controle, seja o governo que for, de que partido for', afirmou.
PROVOCAÇÃO
Questionado sobre a conquista do déficit zero sem o aumento de impostos proposto inicialmente, Aod Cunha foi ligeiro na resposta: o ajuste teria sido mais rápido, assim como o atendimento a demandas da sociedade. Citou o Simples Gaúcho, alvo de um agradecimento feito por José Paulo Cairoli antes da palestra do secretário.
Fonte: Denise Nunes - Correio do Povo
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