Missão cumprida
05/12/2008
Os opositores do governo de Yeda Crusius dirão que não há nada de extraordinário em pagar o 13º salário dos servidores do Executivo no dia 5 de dezembro. Lembrarão que dezenas de prefeituras já pagaram metade ou todo o 13º salário. E que o governo não está fazendo mais do que a obrigação. Até é verdade, mas como o Rio Grande do Sul se acostumou a conviver com a incerteza em relação ao pagamento do 13º, a quitação desse débito no quinto dia de dezembro deve ser saudada como uma grande notícia.
Nos últimos anos, o 13º foi pago aos servidores no prazo previsto na lei – até 20 de dezembro – mas sabe Deus a que custo. Só em juros, o governo pagou R$ 150 milhões nos últimos quatros anos.
Além dos empréstimos, os últimos governadores recorreram à venda de patrimônio e à antecipação do pagamento do ICMS – um expediente que revoltava os empresários – ou tiveram de ir a Brasília, de pires na mão, em busca de socorro financeiro.
O pagamento em dia do 13º salário é o resultado mais palpável da eliminação do déficit. Graças ao equilíbrio das contas, o governo pagará em 2008 14 folhas salariais: as 12 do ano, o 13º deste ano e o 13º de 2007, pago com um empréstimo do fundo de previdência e reposto entre maio e outubro.
Em 2009, o governo começa o ano sem o peso de uma folha de pagamento pendurada no prego. Sobra mais dinheiro para investir – e para atender necessidades que ficaram prejudicadas em nome do ajuste fiscal.
(Fonte: Rosane de Oliveira - Zero Hora)
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