Apesar da insistência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em votar a reforma tributária ainda este ano, o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), e o da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), não acreditam que isso possa ocorrer. Na opinião de Garibaldi, apenas um acordo das lideranças, com uma convocação do Congresso em janeiro, seria capaz de viabilizar a apreciação da reforma, que ainda está pendente de apreciação na Câmara. Para ele, uma convocação do Senado só ocorre caso haja acordo entre todos os líderes partidários e o governo. 'Se quiserem votar a reforma tributária, a única alternativa seria uma convocação extraordinária mas, mesmo assim, é preciso dar garantias que essa matéria vai ser aprovada, sob pena de a convocação ser realizada e não se chegar a votar, o que seria motivo de muita incompreensão e contestação', afirmou Garibaldi. Na Câmara, cresce o movimento para deixar a votação para o ano que vem. Apesar dos esforços do governo, os líderes da base aliada e da oposição consideram difícil que a reforma seja votada em 2008. A oposição promete continuar a obstruir as votações para impedir a análise da proposta. Chinaglia disse ontem que é 'impossível' concluir a votação da reforma este ano. Líderes já apelaram ao ministro das Relações Institucionais, José Múcio, para que o governo desista da votação.
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