Receita reconhece caos e promete melhorar
27/11/2008
Brasília — A secretária da Receita Federal do Brasil, Lina Maria Vieira, reconheceu que o 'caos' no atendimento nas unidades do Fisco ainda não foi resolvido. Depois de participar ontem de reunião na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, a secretária disse que a Receita está trabalhando para dar uma solução tecnológica e de pessoal ao atendimento. Lina ponderou que, com a fusão da Receita Federal com a Secretaria de Receita Previdenciária, o órgão recebeu 'o trabalho, mas não as pessoas'. Segundo ela, mais de cinco mil servidores que atuavam na Secretaria de Receita Previdenciária preferiram permanecer no INSS. Isso prejudicou o atendimento nas unidades da Receita, já que os servidores da Previdência eram especializados em resolver assuntos ligados a contribuições previdenciárias. O Diário Oficial da União publicou ontem decreto com a nova estrutura da Receita. Entre as novidades, o decreto cria uma Coordenação de Integração com estados e municípios e também uma Coordenação de Ética e Conduta dos Servidores. Lina destacou que a Corregedoria-Geral da Receita – responsável pelo combate à corrupção – foi alçada para um patamar mais elevado e estará agora diretamente ligada ao ministro da Fazenda. De acordo com a secretária, a Corregedoria, nesse novo desenho, terá isenção para fazer o controle e a fiscalização dos servidores, inclusive da cúpula da Receita. A folha de pagamentos foi transferida para o Ministério da Fazenda. Lina refutou a versão de que teria havido ingerência política na nomeação dos funcionários da nova cúpula do órgão e afirmou que todos os que assumiram cargos importantes, na gestão dela, foram sabatinados previamente por ela, pelo secretário executivo da Fazenda, Nelson Machado, e pelo próprio ministro Guido Mantega. Ela refutou também a avaliação de que as indicações teriam sido feitas por sindicatos. De acordo com a secretária, os cargos importantes foram preenchidos não apenas de acordo com o perfil adequado, mas também em razão do currículo. Lina disse que os cargos estão sendo ocupados por funcionários da própria Receita.
(Fonte: Correio do Povo)
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