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O sonho do déficit zero gera respeito e ciúmes

19/11/2008

   É um momento importante para o Estado do Rio Grande do Sul. Demos um crédito e o governo correspondeu. É um momento muito feliz para todos os gaúchos". Quem afirma é o presidente da Fecomércio, Flávio Sabbadini. Carlos Sperotto, presidente da Farsul, destacou, além da eficiência na gestão dos recursos públicos, a transparência das ações do governo. Para Sperotto, "as contas de governo estão dentro do alinhamento, que é o que a sociedade queria. A governadora está de parabéns". Não é para menos e os elogios são merecidos. Afinal, o equilíbrio entre receitas e as despesas correntes do Rio Grande do Sul partiu de um déficit fiscal de R$ 2,4 bilhões no início do atual governo e vinha se mantendo há 37 anos no Estado. Há 14 anos o 13º salário não era pago em dia. Serão R$ 584 milhões na conta de 319 mil servidores dia cinco de dezembro, para alegria geral do funcionalismo e felicidade geral do comércio.

Mas esse equilíbrio gera sentimentos antagônicos, de amor e ódio, em uns e outros. Também poliamorismo, muitos amores ao mesmo tempo. É que os sonhos são um estado da alma que realizam aquilo que desejamos fazer, mas não conseguimos. O Rio Grande viveu traumatizado pelos sucessivos déficits. Eles precisaram ser lembrados pela governadora Yeda Crusius para serem curados. No Estado sempre estamos lembrando de como era, não para esquecer, mas para mantermos aquilo que nos prende ao atraso. Yeda Crusius livrou-se da âncora do déficit fiscal que paralisava o Estado e o prendia ao lodo dos cofres vazios.

O Rio Grande era um paciente em psicose financeira, esquizofrênico contumaz. As sessões de análise da governadora terapeuta foram fortes. Houve transferências e contratransferências entre o paciente e a analista do Piratini. Amor e ódio se alternaram. Mas, o diagnóstico foi correto, a medicação prescrita e o Estado teve alta. Não total. Precisará de acompanhamento e diazepínicos para manter-se estável em meio às críticas e cobranças que advirão. Aliás, chegaram junto com o anúncio no Piratini. Mas, o escudo protetor das finanças equilibradas o ajudará, doravante. A sociedade, os servidores e os parlamentares devem entender o momento, como alguns empresários fizeram. E ele é de regozijo, mesmo com as ressalvas da oposição, direito democrático.

Porções de masoquismo e narcisismo se somaram, na tentativa de impedir que os desejos de Yeda Crusius se transformassem em realidade. A condutora da mudança é uma mulher, sofre resistências. Yeda Crusius está construindo um modelo teórico e prático original no Rio Grande. A governadora deve ser mais do que uma mãe suficientemente boa. A crise que viveu, ou ainda vive, o Rio Grande do Sul foi gestada dentro e fora do governo e das instituições políticas regionais. Ela tanto é negativa como positiva. Foi correta quando, no ápice, prenunciou a ruptura, trouxe e consolidou transformações na direção do crescimento estadual. O fato é que haverá o pagamento antecipado do 13º salário, os fornecedores estão em dia, em 2009 será investido R$ 1,250 bilhão, o magistério, ainda longe do ideal, ganhará um pouco melhor, bem como outros segmentos de servidores. Assim se constrói um sonho. Não sem antes vencer obstáculos e superar dificuldades. Não se pode almejar o gozo sem pagar um preço de reflexão, sacrifício e persistência, afrontando paradigmas que se enraizaram em um Estado que se acostumou com problemas e, tudo leva a crer, não lhes dava o valor devido. Pior, não os condenava e não aceitava fossem erradicados, ainda que a fórceps.

 

(Fonte: Editorial Jornal do Comércio)

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