A conta dos fornecedores
29/10/2008
A confirmação do governo gaúcho de que o pagamento dos fornecedores, com os quais o Estado tinha um atraso crônico, está finalmente em dia é um fato importante que, assim como a regularização do pagamento dos servidores a partir de março, deve ser lembrado como um avanço importante. A regularização dessa conta, cuja impontualidade afetava não só a credibilidade, mas a própria eficiência governamental, faz parte de um conjunto de medidas para sanear a situação financeira do Estado, tarefa na qual o governo está empenhado. Depois do pagamento do funcionalismo em dia, da redução do déficit orçamentário, do empréstimo feito junto ao Banco Mundial e da perspectiva de que finalmente as contas caibam na receita estadual, o anúncio de que os fornecedores também receberão sem atraso mostra que o esforço de saneamento está sendo bem-sucedido.
Todos reconhecem no desequilíbrio das contas um dos entraves mais sérios para o setor público e para a prestação dos serviços essenciais. Sem contas saneadas, fica claro que educação, saúde, segurança e investimentos serão mal atendidos. É uma situação que, como demonstra a perda de qualidade do Rio Grande em indicadores sociais, importa não apenas ao presente, mas se reflete pesada e decisivamente sobre o futuro. Em razão disso, é de justiça que se reconheça o esforço do governo estadual e especialmente o trabalho do secretário Aod Cunha.
No caso dos fornecedores, um aspecto particularmente significativo é que, com o pagamento em dia e a regularização, o poder público sairá ganhando, pois deixará de arcar com o sobrepreço. Em meio a uma crise global que ameaça estender suas conseqüências nefastas para 2009, essa é uma conquista importante, que oportunamente deveria ser estendida a outras áreas para as quais o setor público ainda está devendo solução, como é o caso dos precatórios e dos recursos referentes a convênios com prefeituras, por exemplo.
Fonte: Zero Hora - Editorial
|
|