Compromisso com o Pacto
19/07/2006
A maioria dos candidatos ao governo gaúcho, entre eles os que as pesquisas de opinião apontam como favoritos, comprometeram-se com as medidas que estão sendo organizadas no chamado Pacto pelo Rio Grande. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) aprovada na semana passada incluiu algumas dessas medidas, em especial as que permitem que o futuro governador enfrente de fato as causas do déficit estrutural que está inviabilizando o Estado. Esse consenso dos principais candidatos, além de revelar a consciência, a maturidade e a responsabilidade com que projetam seus governos, aponta para algo que até agora parecia faltar: uma base parlamentar multipartidária capaz de aprovar as medidas que são necessárias - e que certamente serão duras - para devolver equilíbrio às contas do Rio Grande.
É compreensível que muitas corporações, setores ou poderes se considerem prejudicados e que haja candidatos que com eles se solidarizem. Afinal, as medidas são limitativas, restritivas e impõem sacrifícios. São remédios amargos. Mas, por isso mesmo, são decisões necessárias, que desafiam aquelas corporações, setores e poderes a dar sua quota de colaboração para a obtenção de um objetivo generoso, o de restituir ao Estado a capacidade de investir e, a médio prazo, a capacidade de devolver a parcela que o sacrifício de curto prazo vai retirar.
A oposição às medidas, ainda que legítima do ponto de vista da democracia, não deixa de ser uma falta de visão estratégica de candidatos ou de autoridades investidas de poder. A permanência do status quo tem sido, como se sabe, o caminho para a degradação crescente e para a insustentabilidade das contas públicas.
Fonte: Zero Hora
Comentário do Afocefe:
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