A polêmica do pacto.
Rogério Mendelski
22/05/2006
O Pacto pelo Rio Grande, lançado na semana passada pela Assembléia Legislativa numa demonstração de que a ampla maioria da classe política gaúcha admite fazer uma reforma estrutural no Estado, ainda encontra vacilações de outros segmentos da sociedade. Os empresários, por exemplo, fazem um boicote branco ao Pacto, porque já apresentaram um programa – Agenda Estratégica – com objetivos semelhantes.
Como sempre, o neófito PSOL e um PT rabugento não concordam com alguns pontos, porque gostariam de assinar sozinhos qualquer um dos programas – inteligentes, bem montados e livres de qualquer ideologia que não seja a de tirar o Rio Grande do Sul do buraco negro (por favor, não é racismo, é tradução da clássica expressão astronômica black hole) que o consome assustadoramente.
Falar dos objetivos de ambos – Pacto ou Agenda – é chover no molhado. O importante agora é não deixar que pequenas idiossincrasias entre as entidades autoras dos projetos sufoquem aquilo que é consenso.
Pacto ou Agenda, o que interessa é que existe disposição para enfrentar o que não pode mais ser empurrado com a barriga. Não há porque esperar, e muito menos clima para se brigar por autorias.
Juntá-los é a prioridade inicial. Beicinhos, acusações de plágio, só podem prosperar entre aqueles que não desejam que o Rio Grande saia de sua crise de identidade.
Discutir o Estado mínimo ou o Estado máximo pode ficar para o fim, já que esse tema é polêmico. Até lá, outras emergências se impõem. E elas são bem conhecidas de todos.
Fonte: O Sul
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