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Valeu a pena!

SIMONE GOLDSCHMIDT/ Presidente do Cpers/Sindicato

20/04/2006
O Cpers/Sindicato completa 61 anos amanhã. Com 86,3 mil associados, a entidade promoveu ao longo de todos esses anos profundas reflexões sobre educação, políticas públicas, economia e legislação. Essa mesma categoria assumiu um desafio em 2 de março, quando deflagrou uma greve que duraria 37 dias contra uma política implementada pelo atual governo gaúcho de economizar na educação, arrochando salários, precarizando as condições de funcionamento das escolas, com recursos didáticos que não acompanham a evolução tecnológica, com estruturas físicas carentes de reformas, com bibliotecas, laboratórios de informática, de ciências e orientação pedagógica desativados por falta de pessoal.
Durante a paralisação, a sociedade gaúcha foi chamada a se pronunciar sobre educação, professores, funcionários, salários, alunos, pais, falta de aulas e escolas. O assunto foi objeto de discussões nas rodas de amigos, programas de rádio, de televisão e nos jornais. Poucos ficaram indiferentes frente à intransigência do governo em insistir que só apresentaria índices de reajustes em maio. Poucos não se indignaram ao verem as portas do Palácio Piratini fechadas e guarnecidas por um enorme contingente de policiais militares fortemente armados, com o apoio de cães, cavalos... Os mais velhos, por certo, lembraram os duros tempos da ditadura militar, desafiada por muitos dos homens e mulheres, educadores e educadoras, reunidos na Praça da Matriz.
Em cada uma das cinco quintas-feiras, dias dos grandes atos públicos realizados na capital do Estado, poucos deixaram de se emocionar com a determinação dos trabalhadores que, enfrentando sol escaldante e chuva torrencial, deixaram suas famílias, suas escolas, seus municípios, viajando noites inteiras, para se dirigirem a Porto Alegre a fim de participar de manifestações pacíficas e democráticas em defesa de uma escola pública de qualidade para os filhos daqueles que fazem a riqueza do Estado, os trabalhadores. Pressionado, o governo cedeu e apresentou a proposta de 8,03% de reajuste, que deixou não só a categoria, mas a população perplexa, indignada. Sob forte pressão, o Piratini elevou a proposta para 8,57%, índice rejeitado por unanimidade, mas aprovado pela Assembléia Legislativa.
Mesmo insuficiente, o reajuste, somado a outras conquistas obtidas com a greve, teve o sabor de vitória para quem participou da luta. Reacendeu em cada um e cada uma a chama da esperança nas lutas coletivas, fazendo com que as aulas a serem recuperadas transformem-se em lições de democracia transmitidas àqueles que futuramente serão também trabalhadores e que, independentemente do governo de plantão, deverão sair às ruas e praças em defesa de suas reivindicações.

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