ÁREA RESTRITA    
Login    Senha   
Página Incial
Técnicos Tributários participam de assembleia conjunta dos servidores públicos
Em coletiva de imprensa, Afocefe apresenta proposta para Estado superar acrise
Afocefe apresenta ao presidente da Assembleia Legislativa estudo que aponta saída para crise
NEWSLETTER
Assine a newsletter do AFOCEFE Sindicato e receba notícias por
e-mail:
Nome:
E-mail:
Destaques

Desconhecimento Tributário

Vilson Romero

07/04/2006
07/04/2006 - Fonte: Diap
O ano de 2005 registrou a maior arrecadação de impostos e contribuições federais da história brasileira, atingindo o montante de R$ 364,13 bilhões. Se acrescermos às siglas administradas pela União o conjunto de taxas, contribuições e impostos estaduais e municipais, a carga tributária alcançou, segundo especialistas, o percentual de 38% do Produto Interno Bruto (PIB).
Estimativas mais completas dão conta que o custo das obrigações acessórias para o perfeito cumprimento das mais de 220 mil normas tributárias, editadas entre 1988 e 2004, consome cerca de 5,82% do PIB. Portanto, o “elefante” dos impostos já chega a quase 44% das riquezas produzidas no País. É muito, principalmente no cotejo com o conjunto e a qualidade dos serviços públicos ofertados em contraprestação aos indivíduos. Inclusive há estudos demonstrando que dos 17,1% que o PIB nacional cresceu entre os anos de 1998 e 2005, 7,2% foram absorvidos pelo setor público através da arrecadação de impostos.
O peso da carga tributária em diversos segmentos econômicos agrava o quadro. No preço final das flores, por exemplo, o percentual de impostos é de 18,91%, nos insumos agrícolas, 14,31% e chegamos ao absurdo de 35,07% incidentes sobre os medicamentos, em média, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).
O “paquiderme” tributário nacional massacra o cidadão que, espantosamente, ignora maiores detalhes desta violência sofrida diuturnamente.
Há um imobilismo popular e uma pouca capacidade de indignação contra esta estrutura perversa, resultado em grande parte da ignorância, do desconhecimento acerca do assalto perpetrado pela sanha tributária. Apesar de o legislador ter estabelecido no parágrafo 5º do artigo 150 da Constituição Federal que “a lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços” esta providência tem sido descumprida, tanto pelo Parlamento que não aprovou medida legal, quanto pelos diversos setores da economia.
O pouco esclarecimento da população, em todas as classes sociais, a respeito dos impostos, sua destinação e seu impacto na renda é atestado por pesquisa realizada pela Associação da Classe Média (Aclame) nas principais capitais brasileiras, onde surgiram respostas preocupantes, como 36% dos entrevistados não terem idéia para onde vai o dinheiro do Imposto de Renda, enquanto que 78% ignorarem que o ICMS é estadual. Portanto, como afirma a Aclame, há a necessidade de ações de conscientização e educação da população e mobilização para que se alcance a justiça tributária, sem a qual, conclui a entidade, “são reduzidas as condições de crescimento e desenvolvimento sustentável do país.”
Vilson Antonio Romero é jornalista, servidor público, diretor da Associação Riograndense de Imprensa.

VOLTAR
Print

Em construção

Rua dos Andradas, 1234, 21º andar - Porto Alegre/RS - CEP 90.020-008
Fone: (51) 3021.2600 - e-mail: afocefe@afocefe.org.br