ÁREA RESTRITA    
Login    Senha   
Página Incial
Técnicos Tributários participam de assembleia conjunta dos servidores públicos
Em coletiva de imprensa, Afocefe apresenta proposta para Estado superar acrise
Afocefe apresenta ao presidente da Assembleia Legislativa estudo que aponta saída para crise
NEWSLETTER
Assine a newsletter do AFOCEFE Sindicato e receba notícias por
e-mail:
Nome:
E-mail:
Destaques

Origens da crise financeira

CLÓVIS JACOBI/ Ex-secretário da Fazenda

20/10/2005
A causa da brutal crise financeira do Estado não tem origem, como sugerem alguns, somente na atual gestão.
Para entendê-la, conhecer-lhe as entranhas é mister ler o passado: o Estado interventivo da década de 70 foi o starter do que seria a grande "pedra no sapato" dos gestores vindouros. A descentralização administrativa, via profusa criação de estatais e fundações - à época uma visão moderna - quem sabe por isso mesmo inaceita (...), frustrou o modelo. Há, ainda, algumas dessas entidades penando por aí, moribundas, ineficientes e dispensáveis, afora as centenas de demandas e o passivo de milhares de pessoas agregadas à folha, tudo, no "frigir dos ovos", às custas do Tesouro...
Hoje também não vingaria: o Estado moderno é enxuto, ocupa-se de executar a prestação jurisdicional e a segurança; e, na saúde e educação, normatizar e fiscalizar, só executando excepcionalmente, por imperativo social, embora não seja o que se vê, pois se insiste em fazer tudo, nem sempre tão bem...
A expansão do efetivo de pessoal (não praticado no governo Jair Soares), constitui outra forte razão do caos, somada ao descaso para com os provedores - Fazenda e PGE. No incremento das receitas próprias, a propósito, o que se tem visto é o simplismo do aumento do ICMS e "propostas teórico-salvadoras" criando órgãos novos, quando a solução está ali na vetusta Secretaria da Fazenda: basta restabelecer o valor dos quadros, via compatível remuneração e trabalho, muito trabalho...
A agregação de custos do Proes (salvador dos bancos) à conta do Estado, acresce, mensalmente, 5% no desembolso a título de atendimento da dívida, aumentando o rombo.
Outra causa: um "Estado de Necessidade" não se pode dar a luxos próprios dos folgados financeiramente, custeando atividades de lazer seletivo, sem qualquer retorno.
Órgãos e funções superpostos - outro custo inútil. No campo tributário, muitos benefícios infrutíferos e descontrolados, desonerações em geral, enorme sonegação e modesta cobrança da dívida ativa. Disso tudo, o resultado: mais uma peça de ficção, maquiada, com déficit explícito de R$ 1,5 bi - o orçamento de 2006, o que poderia ser evitado ou minimizado com poucas penadas...
Fonte: Zero Hora Data: 20-10-05

VOLTAR
Print

Em construção

Rua dos Andradas, 1234, 21º andar - Porto Alegre/RS - CEP 90.020-008
Fone: (51) 3021.2600 - e-mail: afocefe@afocefe.org.br