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O espelho venezuelano

Claudia Antunes

27/06/2005
CARACAS - Basta chegar a Caracas para entender de onde nasceu o fenômeno Hugo Chávez, assim como quando se chega ao Rio intui-se por que a violência atemoriza a cidade. Nas duas metrópoles, o caminho do aeroporto ao centro é um desfile de aglomerações de pessoas em regime de vida que vai do muito precário ao remediado. Em ambas, fareja-se que há dinheiro, mas há décadas sabe-se que quem nasceu para a Maré ou para Petare dificilmente chegará ao Leblon ou a Chacao. É por isso que levantar o fantasma do chavismo -como fez na semana passada o ex-presidente Fernando Henrique, ao responder às alegações de golpismo de alguns dirigentes petistas- pode ter efeito como terror político, mas não ajuda a enfrentar a realidade. Aqui, as declarações de FHC ao programa de TV "Conexão D'Ávila" ganharam a primeira página no jornal "El Nacional", que faz a mais acirrada oposição ao governo -pois, quando se trata da relação Lula-Chávez, a Venezuela é um espelho do Brasil. Na oposição, há quem aposte numa possível influência moderadora do presidente brasileiro sobre o venezuelano. Já os mais radicais vibram com as notícias que chegam de Brasília. Quando caiu José Dirceu, comemorou-se a queda do "amigo de Chávez". O presidente venezuelano tem muitos defeitos, e o principal deles é a centralização do poder em sua figura, o que empobrece o debate e enfraquece os mecanismos de controle público das ações do Estado. Mas o maior erro da oposição foi subestimar Chávez. Se ele jogou na confrontação social, plantou em terreno fertilizado pela desigualdade e pelo descrédito do sistema político. A polarização venezuelana, com seu destino incerto, tem pelo menos um lado positivo: como no tempo em que Leonel Brizola criou linhas de ônibus diretas do subúrbio para a praia de Ipanema, os preconceitos se revelam, sem dissimulações.
Fonte: Folha de São Paulo Data: 27/06/05

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